A monarquia brasileira, no final da década de 1880, estava numa situação muito tensa e de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em todo o seu território. Era e se fazia necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de alavancar o país ao progresso e produzir transformações nas questões políticas, econômicas e sociais.
Crise
A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões, onde uma das principais é a interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica.
Houve também críticas e manifestações feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra.
Além disso, a classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império e o início de um novo movimento.
A Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, foi mais um motivo para o início da República.
Diante das dessas pressões, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.
A Proclamação
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
No dia 18 de novembro, tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi isso o que consolidou a democracia no Brasil.
Curiosidades
A Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n° 4, de 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da República. Sua elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos (diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e Décio Vilares (pintor).
A frase “Ordem e Progresso” é influência de Augusto Comte, filósofo francês fundador do Positivismo.
A ideia de República nasceu na Roma antiga. Os romanos lutaram contra o poder de um grupo que comandava a monarquia. Res, em latim, significa coisa e pública quer dizer de todos. Nesse sistema, o chefe de governo é escolhido por eleições.
Certos países, hoje, têm reis com poderes limitados. São monarquias com sistemas republicanos. Isso acontece, por exemplo, na Inglaterra e na Espanha.
Há países republicanos que mantêm governos autoritários, onde não ocorrem eleições. Aí os governantes ficam anos no poder, sem respeitar a vontade da maioria.