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Você quer retranca? Você quer um time que ataque?

Marcel Capretz
Marcel Capretz

Quando Mano Menezes foi contratado pelo Palmeiras vários torcedores foram contra porque, segundo eles, seria trocar “seis por meia dúzia”, um “retranqueiro por outro” – a saber, Mano por Felipão.

É claro que torcedor não tem que entender profundamente sobre princípios e sub-princípios operacionais de jogo e nem sobre metodologias avançadas de treinamento que fazem com que as ideias do treinador sejam assimiladas pelos jogadores e reproduzidas em campo. Mas reduzir todo um trabalho a partir de apenas uma fase do jogo – a defensiva, nesse caso – não me parece muito justo e inteligente.

Para ficarmos nos exemplos de Mano e Carille, ambos já foram campeões. E nenhuma equipe é campeã se não tiver equilíbrio entre defesa, ataque e as fases de transição.

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Ter um setor da equipe mais predominante que o outro é fruto de várias possibilidades: melhores jogadores nesse setor, maior complementaridade de características entre eles ou até mesmo uma maior habilidade do treinador em trabalhar melhor determinada fase do jogo. Mas não é coerente taxar um técnico de retranqueiro ou até mesmo ‘ofensivo demais’. Ninguém ganha nada se não tiver um time equilibrado.

Mais uma vez, absolvo o torcedor que acha seu técnico ‘defensivo demais’. Entretanto, o jogo de futebol é muito complexo.

Existem várias formas de defender, de atacar, de realizar as transições, de armar as equipes para as bolas paradas…qualquer trabalho minimamente bem feito tem seus pontos fortes. E fracos também, claro. Prefiro olhar o todo e não as partes separadas. Ninguém vai ter resultado positivo se for bom só em um momento do jogo. Seja ele ataque ou defesa.

ARTIGO escrito por Marcel Capretz
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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