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Vocação ao sacerdócio: resposta generosa do coração que conheceu a Cristo

A vocação nasce de um encontro com Cristo. É justamente a partir deste encontro pessoal com Cristo que a vida daquele que foi chamado, tocado por Deus, muda radicalmente.

Indubitavelmente, não pode existir um chamado verdadeiro sem antes ter havido este encontro com a Pessoa de Jesus, como nos afirma Bento XVI: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. Carta Encíclica Deus Caritas Est.

Este encontro foi vivido por muitos, desde André, Tiago, João, Pedro, São José até os santos do nosso tempo, tais como São João Paulo II, Santa Dulce dos Pobres, entre outros. Destaca-se, outrossim, o singular encontro entre o Verbo e Maria Santíssima, a primeira a experienciar este chamado, a primeira discípula e a que primeiro serviu. Ela, por conseguinte, é modelo e ícone.

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A partir deste toque de Deus, nascem naturalmente aquelas mesmas qualidades e virtudes que fazem parte do itinerário do ser discípulo, tais como a fé, humildade, gratidão, serviço, misericórdia, doçura, amor e serviço.

Foto: Reprodução internet

Neste sentido, o serviço é a resposta gratuita, uma vez que o movimento de tornar-se cristão e não servir ao Reino é o mesmo que não saber o significado da fé que professa com as palavras. O sim de Maria nos ajuda a dizer o nosso sim, a acolher a Boa Notícia de Jesus no nosso tempo, pois ela é a virgem que intercede por nós a fim de que possamos adquirir a santidade que ela alcançou para nos tornarmos cheios do Espírito e portadores de Cristo.

Entretanto, Deus age naturalmente a partir de nossa liberdade; não existe sim se o vocacionado ao presbiterado, o agente de pastoral, ou o religioso não for livre, como nos atesta o Evangelho de São João no capítulo 19.

Outrossim, Cristo, aquele que serviu e continua servindo a Igreja através do seu Espírito e da Eucaristia, nos incomoda, nos tira de nós mesmos e nos chama a servir tal qual Ele serviu. João 4,8 nos apresenta que “Deus é amor”, aquele amor capaz de ir até as últimas consequências, que não foge para escolher o que mais agrada ou é prazeroso momentaneamente, escolhas típicas de uma vida que não tem profundidade, que não tem consistência. Ao contrário, o amor gerado por este encontro pessoal com Jesus é doação integral, generosa e oblativa.

Por fim, a vocação é muitas vezes despertada dentro das nossas comunidades, é na Igreja que somos convidados para servir. Neste sentido, a Igreja tem a missão dada por Jesus desde a sua origem. A Igreja conserva o mesmo amor originado pelo próprio Senhor na cruz; aquele amor serviço, isso faz com que a mesma acorra constantemente aos sofrimentos e às necessidades do ser humano, sobretudo, naquilo que diz respeito ao sentido profundo da vida humana e que somente Cristo é capaz de preencher.

IGREJA EM NOTÍCIAS

JUBILEU 80 ANOS – Seguem abertas as inscrições para os concursos de escolha do hino e do logotipo oficiais do Jubileu de Carvalho. A premiação será de R$ 1.500 reais para os primeiros colocados de cada modalidade. Demais valores e as regras estão disponíveis nos sites diocesedepiracicaba.org.br e emfoco.org.br. As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de setembro de 2023.

ANJOS – O Curso Diocesano de Teologia promoverá um minicurso de Angelologia no mês dos “Santos Anjos da Guarda” (outubro). A atividade é destinada aos ex-alunos da Escola de Teologia da Diocese de Piracicaba, com objetivo é fornecer uma breve introdução ao mistério dos anjos e sua relação com Deus, o mundo e os seres humanos. Mais informações e inscrições: emfoco.org.br.

Pe. Arlon N. Beltrão da Silva
Reitor dos seminários Filosófico “São João XXIII” e Teológico “São José”

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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