CapivariNotíciasRafard

Vigilância registra 35 casos de escorpiões em 2013

07/02/3014

Vigilância registra 35 casos de escorpiões em 2013

Animal se reproduz no verão, assim como o caramujo africano, sobretudo nos períodos mais chuvosos
Imagem ilustrativa

“Olhe dentro do sapato antes de calçá-lo”, dizem os pais experientes, a fim de prevenirem os filhos das doloridas picadas de escorpião. Sacudir lençóis e cobertas, e verificar o interior do travesseiro antes de se deitar também são precauções válidas, visto que o animal gosta de se esconder em lugares escuros durante o dia, e sair à captura de insetos à noite.

Soa incomum, mas pode acontecer. Principalmente nesta época. Se picada, não dá para saber como o veneno irá reagir no corpo da pessoa. Assim, aconselha-se, ao procurar um pronto-socorro imediatamente, levar o escorpião junto, para que o médico saiba exatamente qual é a espécie e aplique o soro adequado. A picada causa dor intensa, vermelhidão, inchaço, vômito e em casos mais graves pode resultar em choque anafilático (compressão das vias aéreas) e ser fatal. Por isso, é melhor se prevenir.

No ano passado, a Vigilância Sanitária de Capivari recebeu 35 reclamações sobre escorpiões em residências, mas sem nenhum acidente. Em 2014, já foram registrados dois casos, também sem contato com o animal. Em Rafard, os episódios são mais raros. Este ano, a Vigilância Sanitária do município fez uma busca ativa na parte baixa da Rua Giovani Boscolo e encontrou apenas um escorpião.

Publicidade

“Problemas com escorpiões estão ligados à educação ambiental, uma vez que eles aparecem onde encontram abrigo e alimento”, explica o chefe do Departamento de Vigilância Sanitária e Saúde de Rafard, Celso Cerezer. Com o calor e as fortes chuvas de verão, o número de escorpiões nas cidades se multiplica rapidamente. De acordo com a Vigilância Sanitária de Capivari, as espécies mais encontradas são o escorpião amarelo (Tytius serralatus) e o escorpião marrom (Tytius bahiensis).

Eliane Piai, secretária da Saúde de Capivari, lembra que esses animais desempenham papel importante no equilíbrio ecológico, como predadores de outros seres vivos, e por isso não podem ser mortos. “Os locais escuros, úmidos e com pouco movimento, tanto na área externa como interna do imóvel, devem ser examinados com atenção”, completa.

Para evitar a proliferação de escorpiões em casas e terrenos, a população precisa adotar uma série de cuidados, como não manter pilhas de tijolos e telhas encostados em paredes, revestir muros para que não haja frestas, tampar ralos, vedar frestas e soleiras de portas, colocar tela em ralos, pias, tanques, pontos de energia e telefone e na ventilação de porões.

Recomenda-se também manter os quintais limpos, sem acúmulo de folhas secas, não jogar lixo em áreas abandonadas, eliminar baratas – fonte de alimento dos escorpiões – e evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os animais peçonhentos. A utilização de inseticidas (SBP, Raid, Baygon etc.) não mata escorpiões. Só os deixa mais famintos e, consequentemente, mais agressivos.

Quem achar um ou mais escorpiões em casa deve ligar para a Vigilância Sanitária, para que seja realizada a busca e captura do animal. Em Capivari, o telefone é 3492-1606. Em Rafard, 3496-2168.

Caramujo africano

Outro perigo que invade os espaços urbanos no verão é o caramujo gigante africano. A praga foi introduzida clandestinamente no Brasil como substituta do escargot, mas seu consumo se mostrou inviável. Em seguida, foi descartada na natureza e sem predadores naturais se proliferou. Porém, se estiver com a secreção contaminada por microrganismos, o molusco pode causar cegueira e transmitir meningite, além de problemas intestinais.

Com 15 centímetros de comprimento e até 200 gramas, o caramujo devasta hortas e jardins. Segundo a Vigilância Sanitária de Rafard, 49 imóveis estão cadastrados e recebem monitoramento e orientação contínua, por já terem casos registrados no setor. “Os agentes comunitários realizam visitas zoosanitárias para identificar a incidência do molusco e de outras pragas”, conta a secretária da Saúde de Capivari, Eliane Piai. A cidade registrou 27 casos de infestação no ano passado.

A aplicação de cal em muros evita que os caramujos africanos invadam as propriedades nos períodos mais chuvosos. Recomenda-se efetuar caiação de muros e de barrados de 0,5 metros nas paredes externas. Para proteger muros junto a terrenos baldios infestados, o cidadão deve capinar uma faixa de 0,5 metros de largura da área abandonada, colocar cascalho e aplicar calda de cal sobre o mesmo.

De acordo com a Vigilância Sanitária de Capivari, o controle desse caramujo se reduz à catação manual periódica dos animais e dos ovos – as mãos devem estar protegidas com luvas ou sacolinhas de mercado – e posterior eliminação (esmagar, enterrar e acrescentar uma colher de cal virgem para evitar a contaminação do solo). No entanto, é preciso tomar cuidado para não eliminar espécies nativas por engano, ocasionando num desequilíbrio ambiental.

O principal molusco que pode ser confundido com o exótico é o caramujo gigante brasileiro. Porém, o africano possui a concha mais afilada, marrom escura, com estrias e corpo marrom, enquanto a concha do brasileiro é arredondada, marrom clara, sem estrias e o corpo é amarelo. “É necessária a conscientização e a colaboração da população para que o controle do caramujo africano surta efeito”, frisa o chefe da Vigilância Sanitária e Saúde de Rafard, Celso Cerezer.

Os rafardenses que encontrarem o caramujo africano na residência devem entrar em contato com a Vigilância Sanitária, por meio do telefone 3496-2168 para que a casa seja registrada e passe a ser monitorada, visando o controle da praga urbana.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo