Leondenis Vendramim

Vida social na família

O mundo tem mil tristezas diárias a nos oferecer: a TV notícia crimes, secas, pandemias; como é triste a idade do doi; a carestia dos remédios, o salário acaba antes do mês; o clima não colabora, e vem mais chuva e ao sair, é terrível, fica todo molhado; o sol e o calor são sufocantes; meu patrão é exigente demais, o vizinho é chato, antipático.

Se procurar, vai encontrar mil motivos para reclamar, até de Deus. Mas se olhar para as flores, para o rostinho de uma criança, para o pôr-do-sol, para o sustento que Deus dá a cada dia, vai encontrar cem mil razões para ser feliz e agradecer.

A vida é aquilo que fazemos, os que buscam, encontram, reclamam de tudo, e levam o pessimismo para casa, tornando-se pessoas taciturnas, cansativas e esgotam as energias dos demais.

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Para que tornar a família sombria e triste! Levantem a cabeça, olhem para as coisas radiantes. O céu é todo alegria, Deus Se alegra e Se apraz ao ver Seus filhos felizes. Partilhem o sorriso das crianças, falem palavras prazerosas, façam seu lar feliz e Jesus se alegrará em estar ali.

“É dever de cada um cultivar a alegria em vez de ruminar tristezas e pesares”. O pessimismo causa grandes danos à saúde, perturba o processo digestivo, anuvia o cérebro, prejudica os pensamentos e a aprendizagem. O sábio Salomão ensina: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17:22). O lar precisa ser alegre, a fim de promover saúde aos seus e transbordar até para os vizinhos.

Por outro lado, que não se confundam alegria e bom humor com leviandade e conversas torpes. Pais e mães devem expulsar a vulgaridade em qualquer das formas.

Expressões grosseiras, gestos baixos, palavras chulas e com duplicidade de sentido moral tornar-se-ão uma segunda natureza de quem usa. “Não permitais conversas tolas em sua família, pois a Testemunha Fiel pesa cada palavra, avalia cada ação e declara: Eu sei as suas obras”. (O Lar Adv., 438) A alegria sem leviandade é uma graça divina que os filhos necessitam aprender e herdar.

A tristeza pode ter motivo justo, contudo a maioria das vezes é devida ao orgulho ferido, ou ao egoísmo não satisfeito, entretanto caso seja por razões justas, não transpareça no rosto a dor do coração.

Todos os que se dizem cristãos têm obrigação de procurar ser semelhante a Jesus, não devem se mostrar sombrios. Pais sisudos e sérios, só era moda na era dos coronéis. O sorriso e o ar alegre proporcionam confiança e bem-estar à família.

Os pais devem ser aprazíveis, falar com voz suave, colocar os filhos no colo, afagá-los e dizer que os ama. Isto redundará em saúde física, mental e moral a todos.

Ao mesmo tempo, com a mesma voz terna, cheia de simpatia e bondade precisam manter firmes e inamovíveis os princípios da moral e dos bons costumes sem jamais manifestar aspereza.

“A vossa palavra seja sempre agradável e temperada…” (Col 4:6) “As palavras agradáveis são favos de mel, doçura para a alma e saúde para os ossos”. (Prov 16:24) Os filhos erram, como os pais erram, pois são humanos, não devem ralhar ou repreender com palavras ríspidas, mas com paciência, tolerância e amor.

“É próprio dos seres humanos falarem palavras ferinas”. “Há urgente necessidade de fazer uma reforma no lar, deve cessar todo murmurar, irritar-se e ralhar. Os que se impacientam e gritam expulsam os anjos celestiais e abrem a porta da casa aos demônios”. (O L. Adv., p. 441)

À mesa, nas refeições, não deve dissecar o caráter de pessoas conhecidas, ainda que tenham cometido indignidade. A maledicência é uma das desgraças da família.

Os genitores não devem permitir o criticismo, o diz-que-diz-que e a maldade fazer parte das reuniões familiares.

“A paz no lar é demasiada sagrada para ser maculada” (O Lar Adv., 440) “Seja a conversação da mesa da família de tal natureza que deixe uma fragrante influência no espírito dos filhos”. (Ibidem) Todos devem aprender que “a morte e a vida estão no poder da língua e aqueles que a amam comerão dos seus frutos”. (Pv. 18:21) A língua é um pequeno órgão com o poder destruidor do fogo. É mal incontido, cheio de peçonha mortal”. (Tiago 3:5-8)

Os pais jamais devem mentir para os filhos ou prometer-lhes algo sem cumprir, a menos que não se importem com a perda de sua credibilidade moral e sua religião seja vilipendiada. “Pelo que deixai a mentira, ‘falai a verdade cada um ao seu próximo’ (Zac 8:16) “Seja o seu falar sim, sim, e o seu não, não, para não ser condenado”. (Tig. 5:12)

Deus ajude nossas famílias para que tenhamos uma sociedade melhor e com paz.

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