Vimos que o julgamento, o escrutínio é pré-advento de Cristo, está acontecendo agora no céu. O destino de todos estará decidido: salvo ou perdido! No entanto, a Bíblia revela um segundo ato onde há um exame do nosso procedimento.
A decisão, sobre o destino de cada um, acontece no primeiro capítulo do juízo divino, antes da volta de Jesus, sem a presença do réu e efetuado por Jesus e seus anjos mediante os livros sobre nossa conduta, por eles lavrados.
Então, o segundo capítulo acontecerá depois da volta de Jesus, e será efetuado pelo povo de Deus, pelos santos que foram salvos.
No primeiro ato, Jesus é o Advogado (1 João 1:9 e 2:1) é o Juiz (João 5:22). Aquele que deu a vida pelos pecadores, Aquele que nos ama, é o nosso Advogado e Juiz, o Sábio, Compassivo e Justo.
No segundo episódio os julgadores serão os santos, cujo caráter não permitirá atribuir pena injusta e ou vingativa.
Uns sofrerão mais severamente e por mais tempo, outros terão sentenças mais brandas e por menos tempo, tudo conforme suas atitudes. (Mat. 16:27; 1Pe. 1:17; Apoc. 22:12) Obviamente esta parte do julgamento dar-se-á no céu, pelos salvos liderados por Cristo. (Apoc. 20:4)
São Paulo, advertiu aos crentes de Corinto, para que não levassem suas desavenças a juizes não cristãos, norma já existente entre os judeus, não deviam permitir tais circunstâncias (SDABC, v. 6, p. 695).
No seu argumento citou Daniel 7:22, onde fala: “até que veio o Ancião de Dias (Jesus) e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo…), então Paulo diz ”não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo… não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? (1 Cor. 6:1-3) Estes anjos são os que se rebelaram com Lúcifer e pecaram contra Deus (ver 2 Pe. 2:4 e Jud. 6). Nessa segunda fase serão julgados o Diabo, os anjos e o mundo (os ímpios).
Os ímpios foram condenados na primeira instância por Jesus e pelos anjos à perdição, mas não receberam a sentença, como e quanto será o castigo pelas maldades cometidas.
Apocalipse 20: 1-2 diz: vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo (Terra – Apoc. 9:1) e uma grande cadeia com a qual prendeu o Diabo, circunscrevendo-o à Terra por mil anos. Deus tem o controle da situação.
Esta é uma linguagem figurada. Como já visto, todos os vivos confiantes no perdão do Salvador e os mortos ressuscitados na volta de Jesus serão transformados, e juntos subirão para o céu e reinarão e julgarão com Cristo durante mil anos. (1 Cor. 15:51-55; Apoc. 20:4) Aqueles que não aceitaram o Salvador, morreram com o resplendor da volta de Jesus, e só ressuscitarão depois de mil anos. (2 Tes. 2:8; Apoc. 20:4-5)
Por isso o Senhor diz: Feliz e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição. Quando se completarem os mil anos Satanás será solto de sua prisão.
Ele estará preso porque não haverá ninguém sobre a terra: os justos no céu e os ímpios mortos, no mundo só estarão o Diabo e seus anjos. (Jer. 4:23-27; Apoc. 16:17-21) Agora é solto pois os ímpios ressurgiram e os santos desceram do céu (Apoc. 21:2) num enorme elevador, a nova Jerusalém, a cidade de Deus, (Apoc. 20: 5,7-9) agora ele tem a quem enredar nas suas tramas de “fake news”.
Nesta fase do juízo, os ímpios ressuscitados, como a areia do mar, doentes, deficientes, com os mesmos maus caracteres e desejos, serão mais uma vez enganados pelo inimigo. Ele reúne o povo incontável e o incita a cercar a cidade de Deus.
A nova Jerusalém, com altíssimos muros de jaspe, portais de pérola e ruas de ouro. Dentro os tronos da Trindade, de onde sai o rio da água da vida, cristalina, nas suas margens a árvore dos frutos da vida, num caramanchão, produzindo mensalmente. (Apoc. 21) Porém o mais precioso são os salvos que ali estão, são o foco de Satanás.
A promessa divina é que eles nunca mais terão sofrimento, morte ou qualquer motivo para chorar, pois Deus estará ali com o Seu povo. (Apoc. 21:4)
O Diabo, seus anjos e todos aqueles que não obedeceram ao Senhor, a morte e o inferno foram lançados no fogo onde serão atormentados e queimados continuamente.
No original, fogo eterno, para sempre ou continuamente tem o significado de queimar enquanto houver matéria a ser consumida, não extingue. Esta é a segunda morte.
É a mesma expressão usada para o fogo e enxofre que consumiu Sodoma e as cidades vizinhas, hoje não há mais esse fogo. (Judas 7) Os ímpios morrem no fogo que não se apagará enquanto tiver o que queimar. (Mal. 4:1-3)
