Leondenis Vendramim

Um pouco da história do Islamismo

Na última semana estudamos um pouco a respeito do Islamismo, mas a história de sua origem é bem curiosa, muito esclarecedora, e a Bíblia é a fonte segura da origem de todo esse historicismo. Noé. (Gên. 10:1) teve Sem, Cão e Jafé. (Cão de significado obscuro, talvez pele escura). Um dos descendentes de Sem, Abrão (Pai) (Gn. 11: 27) vivia com seus pais em Ur dos Caldeus, uma cidade ao norte do Golfo Pérsico. Como toda a cidade, era politeísta, rico, com grandes rebanhos, cria num deus superior e nos deuses mediadores, aos quais pedia favores e estes solicitaram ao superior. Atendendo ao chamado de Deus, Abrão emigrou para Canaã, lugar desconhecido por ele, passando por Harã. Aí permaneceu algum tempo, talvez devido à velhice de seu pai Harã – lugar tomou o nome do pai de Abrão – pois ali morreu (Gn. 11:32), prosseguindo sua peregrinação em direção à terra prometida.

A pedido de Sarai (Princesa), sua esposa estéril, Abrão teve um filho com sua serva Hagar chamado Ismael (16:11). Hagar e seu filho zombavam de Sarai e de seu filho.

Por contenda familiar (21:9-10) Abraão (nome mudado por Deus) mandou Hagar e Ismael para fora de sua família. Deus prometeu fazer de Ismael uma grande nação (21:11,18). Ele estabeleceu-se no deserto da Arábia, ali desenvolveu o comércio e floresceram cidades cultas, ricas como Medina e Meca. Os árabes trouxeram para o Ocidente o conhecimento sobre matemática, aritmética, astronomia, medicina, números arábicos, alfabeto, bússola, papel, pólvora, e muitos outros. O Iêmen, Dubai, Qatar com sua tecnologia hídrica tornaram-se riquíssimos, oásis de beleza arquitetônica e turísticos no deserto. De Ismael e algumas tribos, a Arábia tem hoje 450 milhões de habitantes.

Até o século 6 os árabes dividiam-se em grupos, comerciantes nômades ricos, seguiam o politeísmo, criam em gênios, crença está eternizada por contos como Ali babá e os 40 Ladrões, Aladim e a Lâmpada Mágica e outros. Em 570 nasceu Maomé, filho de Abdala de família pobre, mas enriqueceu-se ao tornar-se líder de caravanas. Casou-se com uma viúva rica chamada Kadja.

Como Maomé era caravaneiro, visitava muitos lugares, entrou em contato com o judaísmo e cristianismo, religiões pelas quais foi influenciado e adotou deles o monoteísmo, e outras doutrinas. No princípio do século 7, disse ter recebido visões do anjo Gabriel e sob suas orientações, fundou o islamismo na Arábia ocidental, que se propagou rapidamente, Após 20 anos já se estendia pela Arábia toda.

Ensinou seus adeptos a adorar um só Deus, a se abster da bebida alcoólica. Sua religião devia tornar-se mundial pelo ensino, ou militarmente a (jihad). Fugiu de Medina com muitos seguidores para Meca, tomou-a e colocou no seu templo a pedra negra chamada Kaaba “vinda do céu”, então, apregoou a visita à Meca, pelo menos, uma vez na vida para tocar a Kaaba. Essa marcha de Maomé, chamada hégira, em 622, de Medina para Meca, marca o início do calendário lunar maometano.

Seguindo o exemplo de Maomé, os Califas, (Abu Bakr (632-634). Omar (634-644); Otmã (644-656) e Ali (656-732), substitutos de Maomé no governo, promoveram, nos séculos 7 e 8, a expansão do império, chegando à Portugal, Espanha, todo o norte africano: de Marrocos ao Egito, Palestina, Síria, Armênia, e toda à Pérsia e Arábia. Os invasores tinham uma política de “boa vizinhança” pelo que os conquistados se acomodavam; cada um cultuava o seu Deus. Eram tolerantes com cristãos e judeus, dizem que num mesmo templo os árabes adoravam a Alá na sexta-feira, e os cristãos adoravam a Deus.

Do século 10 até aos 14, as cruzadas instigadas pelo papado, promoveram guerras cruentas contra os hereges (judeus, árabes e cristãos não católicos), que dizimaram milhares de vidas, tanto dos orientais quanto dos cruzados.

Contudo, o islamismo persiste. É a religião que mais cresce, só perde em número para o cristianismo, e se ufanam de que em 2050 serão a maior religião do mundo. Hoje, a maior concentração de islamitas está na Tailândia, Irã, Índia, Paquistão… Porém, os há espalhados em todo o mundo com suas mesquitas. No Brasil, o seu número parece ser de 35.000, e dizem ser muito mais, concentrados no Paraná, como em Foz do Iguaçu.

O judaísmo, o cristianismo e o islamismo originaram-se do mesmo tronco genealógico, por isso há muitas semelhanças doutrinárias entre eles. Enquanto o Torá é o livro sagrado dos judeus, o Corão, dos islamitas, a Bíblia é dos cristãos, os três são monoteístas (adoram um só Deus), devem abster-se da bebida alcoólica e da carne de porco.

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