23/10/2015
Um banho quente e água para beber
Editorial | A gente até tenta, mas quase toda semana os principais assuntos levam a comentários em torno da política. Em cidade pequena é assim mesmo, então aqui vamos nós.
Oh, povo sofrido! Como não ficar revoltado perante a tanto descaso das autoridades públicas, e isso também vale para os ‘grandes’ do setor privado, que hoje fazem e desfazem, mandam e desmandam, lidando com a população da maneira que lhes convém.
Lá em cima, São Pedro está confuso, já que ao mesmo tempo que alguns oram clamando por chuva, outros a temem, afinal, qualquer pinguinho ou ventinho deixa a cidade às escuras. Por quê? Falta de investimentos e compromisso da CPFL Paulista, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica no município. Ainda pior são as famílias que têm as casas invadidas pela água, entulhos e esgoto. Bueiros entupidos, entulhos sem serem recolhidos, assim segue o dia a dia do rafardense, que não sabe se vai poder tomar uma ducha quente ou até mesmo se vai ter água para isso.
O valor da conta, quem paga é a gente mesmo. A de energia está nas alturas, mas o atendimento… se alguém encontrar respostas e soluções me avisa, por favor. Vergonhoso, revoltante e estressante. Esses três sentimentos negativos permeiam a população neste momento, que está cansada de viver a mercê de políticas públicas ineficientes e empresas privadas que fazem o que querem no setor que lhes competem.
Não dá mais para fechar os olhos para tanta inoperância, ignorância e desinteligência. A cada passo… um tropeço! Desenvolvimento… progresso… Quando? Onde?
Quem é ou quem são os culpados por tamanho desleixo e falta de comprometimento com a Cidade Coração? Rafard pode até ter dado alguns passos nos últimos anos, mas não foram suficientes para avançar os 50 de atraso de uma cidade que não dá esperança e nem perspectiva para os que aqui ainda insistem em sobreviver.
A culpa também é nossa, que por décadas assistimos à banda passar sem questionar e contribuir para um desenvolvimento sadio e promissor. Triste, mas é a dura realidade de um coração que sangra dentro de uma cidade.
Sempre vale a pena refletir!