Se o que impedia o início da construção de novas casas populares era apenas a regularização do terreno, como indicava a Prefeitura, as obras já podem começar. Na sexta-feira, 21, foi assinada pelo prefeito Márcio Minamioka (PMDB) e pelo representante da União São Paulo, o advogado Douglas Monteiro, a escritura que transfere a área de 93 mil m² (na rua Eugênio Tezzoto, na Popular) ao município.
Para conseguir a liberação do terreno, a Prefeitura cedeu ao grupo União São Paulo a posse da estrada que dá acesso à Fazenda Leopoldina (entre a antiga estação ferroviária até a rotatória do depósito de combustível).
A novidade repercutiu na Câmara, na sessão de terça-feira, 25. Ernesto Brigati (PMDB) exaltou a regularização do terreno. Ele lembrou que, desde a década de 80, quando Heitor Turolla (PMDB) chefiou a Prefeitura, casas populares não foram mais construídas na cidade. “Antes tarde do que nunca”, disse.
Brigati, no entanto, quer mais. “Um loteamento de 210 casas é insuficiente.”Segundo ele, o déficit habitacional no município gira em torno de 700 residências e, por isso, a busca por novos projetos não pode parar.
Atraso
Em fevereiro de 2009, o terreno na rua Eugênio Tezzoto foi vistoriado pela técnica da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Maria Tereza Delorenzo. Ela recomendou à Prefeitura que limpasse a área para que o local pudesse passar por uma avaliação definitiva e, posteriormente, fosse repassado à CDHU. A partir daí, a construção das casas poderia começar. A limpeza foi feita em abril do mesmo ano. No entanto, enquanto o terreno não foi regularizado, as negociações ficaram paradas. Agora, mais de dois anos depois, as conversas podem ser retomadas.
Segundo o diretor de Indústria, Comércio e Habitação, Ivan Rosatto de Carvalho, em fevereiro de 2012, quando todos os trâmites legais junto à CDHU já devem estar resolvidos, a construção das mais de 200 casas deve começar.