Opinião

Terminou a brincadeira?

20/02/2015

Terminou a brincadeira?

ARTIGO | Por Denizart Fonseca 

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Brincadeira chamada de carnaval ou festa do povão, que de alguns tempos para os atuais, transformou-se em baderna, confusão, imoralidade, desrespeito, etc., etc., que é por ela levado a usar por três dias, máscara para substituir a da vergonha até então hipocritamente oculta em seu interior, demonstrando sem tirar nem por o que de fato as pessoas são.

Lembramo-nos dos bons tempos, quando nessa mesma saudosa festa do reinado de Momo transcorria em ambiente de alegria sã e de respeito aos ambientes e as pessoas que os frequentavam, nos salões dos Clubes, nos cordões nas ruas ou nos corsos nas avenidas em carros abertos, de onde os foliões – homens e mulheres – usando fantasias na maioria de pierrôs, arlequins e colombinas, lançavam de um carro para outro muitos rolos de serpentinas e confetes em grande quantidade enquanto entoavam a plenos pulmões as marchinhas ou marchas rancho, especialmente compostas para o evento.

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Eram também usados os líquidos perfumados que contidos em tubos de vidro ou alumínio, eram lançados sobre os carnavalescos passantes. Naturalmente havia como há e continuará havendo, elementos inconvenientes que após “umas e outras”, exagerando na caipirinha, saiam do sério provocando arruaças, sendo logo, por policiais, retirados do local.

Havia como hoje – não com tantos Grupos e Escolas Carnavalescas, técnica de luz e som e demais aparatos nos carros alegóricos – os Mestres Sala, as Porta Bandeira e o passista seu parceiro, as Comissões de Frente e elevado número de componentes das Alas em evolução, durante o desfile, assim como a Comissão Julgadora dos Enredos, Classe e Luxo das Fantasias, tempo gasto em cada apresentação, etc., etc., com todos os concorrentes ao primeiro lugar fazendo jus, além de belo troféu grande prêmio em dinheiro.

Tudo dentro da maior harmonia, sem discussões, desavenças com ofensas, agressões verbais e muito menos físicas, ao contrario do que hoje acontece com a mudança de tudo e em tudo para pior, assiste-se nas TVs os desfiles de dezenas de Escolas, cada uma mais sofisticada que a outra em luta para vencer o Concurso e os devidos prêmios, e no ato do julgamento para classificação, os descontentes julgando-se injustiçados, partem para a luta corporal.

As belas e selecionadas modelos, na parte mais alta de enormes e luxuosos carros alegóricos, distribuindo beijos e abraços para a platéia extasiada, diante de escultural beleza física e com pouquíssima roupa a oculta-la. São três dias que na realidade vão da sexta-feira até a terça-feira seguinte mais a metade da quarta-feira para curar a ressaca.
Passada a brincadeira ou carnaval, vamos aguardar ansiosamente pelas decisões prometidas quanto ao vexame do Petrolão, provavelmente com novos larápios na cadeia. Enquanto isso não acontece, pagando mais impostos, os combustíveis mais caros, a inflação subindo e por aí a fora, o povão continuará usando aquele mesmo grande nariz redondo e vermelho que usou durante o período carnavalesco…

Cidadania

Como temos aqui citados dezenas de vezes – sem que nenhuma providência seja tomada para corrigir – talvez porque as “autoridades” advertidas não leiam este jornal ou simplesmente não apreciem estes artigos – as desobediência às sinalizações nas ruas prosseguem em especial em frente à Lotérica, com “cara de pau” ocupando os lugares reservados para idosos e deficientes físicos. Ainda nos dia 18 p.passado, necessitando ali estacionar, encontramos os dois lugares tomados. Adentramos a sala repleta de usuários e não notamos ali nenhuma pessoa idosa e muito menos, apoiada em bengala.

Na esperança de que alguém se manifestasse reclamamos pela presença de um policial ou guarda Municipal para impedir a transgressão, lendo a placa e explicando o significado dos desenhos no chão, aos ignorantes e aos atrevidos que já estivessem ou pretendessem ali estacionar. Todo cidadão designado a dar à população segurança e proteção tem o dever de honrar a farda que veste e fazer jus ao vencimento (ordenado) que recebe. Alertamos esses espertalhões que tudo o que se faz de bem ou de mal, um dia se recebe em troca e assim, quem sabe, um dia quando já idoso e também se apoiando em uma bengala, procure uma vaga a que tem direito e não a encontre, por já estar ocupada por um moço e com saúde. Esperamos que esta mensagem seja lida, entendida e aplicada por quem de direito.

 

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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