Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Ter paz, mesmo em volta haja tormenta

É muito fácil exteriorizar análises e julgamentos sobre os outros, inclusive filhos e familiares. Diz Mahatma Gandhi que vivemos e andamos em fila indiana, e que cada um leva duas bolsas, uma na frente (de suas virtudes) e outra nas costas (de seus defeitos). Assim, olhamos e enxergamos com facilidade os defeitos alheios, e muito pouco vemos os seus méritos.

Seja como for, não temos domínio sobre eles, cada vida é uma individualidade, um universo por si.

Sabemos que não temos como mudar os outros; auxiliá-los, sim, quando formos solicitados. E, é claro, como uma avenida que se abre para o bem, podemos e muito amá-los (mas isto é ainda difícil). Ora, eles (os outros) não se vestem como nós, não gostam das coisas que gostamos, têm concepções diferentes de vida. Como conciliar isso? Plantando no campo da vida a fraternidade em benefício dos outros, e o contentamento do próximo nos trará paz na alma.

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Por isso, procuremos cumprir nossos deveres e ativar a compreensão em relação ao próximo. Sejamos nós a calmaria na vida, com a consciência reta, porque cada novo dia traz notícias de gente sendo tempestade e furacão na própria vida e na vida de outros. Como estamos distantes deles, dizemos: “Meu Senhor, pra que isso? Que extremo é esse? Que coisa horrível e desagradável de se fazer!”.

Porém, se nossa própria vida é uma casa assaltada, incendiada, sempre reclamando amparo e socorro, quando vermos se multiplicarem angústias e desentendimentos entre as pessoas ao nosso redor, como poderemos ajudar?

Por outro lado, se estamos de fora dos “barulhos” acima apontados, e se conseguimos visualizar o desastre e agir como mediadores, tanto melhor. Os outros vão despertar depois, ao seu tempo, e ver que desconfortável e estranho terem criado ou se envolvido nesses dramas.

A vida é um grande campo de aprendizado, as horas são as mesmas para todos nós e as experiências são nossas escolhas – o tempo calmo e implacável será o juiz.

E a fé no futuro, aliada à oração, serão verdadeiros clarões iluminando nossos caminhos para mais próximo das forças divinas, de nosso mestre Jesus e de Deus. A fé é refrigério, é bálsamo para nossas emoções e corações, imunizando-nos contra as enfermidades físicas e os tombos espirituais.

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