Leondenis Vendramim

Tenha um lar feliz

Estamos vivendo um modernismo fatídico de inversão funesta de valores morais e de autoridade hierárquica. O que era imoral passou a ser costumeiro, o ilegal foi legalizado ou banalizado.

A família está sendo extorquida dos poderes educacionais e qualificada como um mal para a sociedade, desde quando Karl Marx (1818-1883) disse que a Família é perversa.

Os filhos estão assumindo o leme do lar, sujeitando os pais à ordem de serviçais. Não devem auxiliar nas tarefas domésticas; “eu faço, diz a mãe, são tão novas, coitadinhas!”.

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Conversei com um pai que me confidenciou que não corrigia o filho e nem chamava sua atenção por ter medo dele – note-se que o filho era um menino com onze anos de idade.

O que está acontecendo com a família? Os pais já deixaram de ser conselheiros respeitáveis; os filhos os julgam ultrapassados, não entendem da vida e da modernidade. E temos consequente, baderneiros, “pancadões”, drogados, aumento de serviço para os policiais, mortes precoces (no Brasil, em 10 anos, perdemos mais de 900 mil jovens por violência); a cada ano 434.500 adolescentes tornam-se mães, e os números assustadores crescem em disparada.

A brutalidade, o desrespeito entre marido e mulher e a falta de amor entre familiares são as grandes causas.

A felicidade, a prosperidade e, em grande porcentagem, a saúde dependem da união e harmonia dos cônjuges. É verdade que somos diferentes uns dos outros.

Somos únicos. Cada qual tem seu modo de pensar, gostos diversos, temos um caráter individualizado, forjado por inúmeras influências formadoras (pais, irmãos, professores, mídia, etc.) e todos têm virtudes e defeitos pessoais. Como harmonizar?

A mulher deve moderar sua vontade de comprar sapatos de cinco tons vermelhos e seis tipos de sapatos porque vai combinar com suas vestimentas e seguir a moda, e o esposo acompanhá-la ao shopping e satisfazer seus desejos conforme orçamento.

Tive um amigo que foi à loja para comprar sapato para sua esposa, e enquanto ela olhava a vitrine ele entrou e saiu com a caixa. Ele disse: “Vamos, já comprei”. E ao chegar em casa, justificou o modelo masculino: “É um Passo Doble, preto, que dura a vida toda e combina com todas as suas roupas”. Não pense o leitor que é piada!

Casamentos precoces e muito díspares (cultura, religião, financeira, cor) contribuem para o desenlace. Os noivos devem analisar racionalmente se estão dispostos a adaptar-se ao temperamento do outro, bem como abandonar desagradáveis divergências e controvérsias.

Não deve julgar o (a) pretendido (a) pela aparência que fenece em pouquíssimos anos, mas pelo caráter (como trata os seus familiares, honestidade, bondade, mansidão, domínio próprio e se há amor recíproco).

O casamento por impulso e ou por paixão cega, geralmente, acaba em frustração, desavenças, agressões e separações. Nos primeiros meses avultam os maus traços de caráter, que antes não se percebia.

Cabe ao casal fazer esforço ingente em todo o tempo de seu matrimônio para evitar desavenças e promover a compreensão, a paz e o amor.

Evitem eles contender por coisas triviais e ou demorar a observar as falhas do outro, notem antes as virtudes e o que solidifica o amor. Ainda que fora de moda, o casamento é para toda a vida.

Embora vivamos num mundo frenético, onde todos correm em busca do dinheiro para uma vida confortável e segura, a melhor educação que uma noiva necessita é sobre a administração do lar, educação dos filhos.

Crianças, adolescentes e jovens são mais felizes com abraços, carinhos paternos e conversas com os pais do que com a fartura e a riqueza. Esta é uma das maiores queixas dos rebentos que delinquem.

É mais importante que a mãe saiba cozinhar uma comida saborosa e saudável, um pão integral do que obter conhecimentos de retórica e álgebra, embora, hodiernamente seja útil que ela tenha conhecimentos que auxiliem no poder aquisitivo da família.

Ambos devem conciliar o tipo de vida, desde que tenham tempo para educar e mostrar amor e interesse nos filhos.

O casamento é símbolo da união entre Cristo e Seus seguidores. O amor manifesto na cruz por Ele devem os esposos manifestar, um para com outro, diz a Escritora Ellen G. White. O Lar Adventista, p. 95.

Jesus Cristo é Deus e Deus é amor (João 4:8). Onde Deus está, reina o amor. Se o lar é formado por cristãos verdadeiros haverá costumeira gentileza, bondade, compreensão, cooperação e amor crescente, que como corrente de aço nenhuma quarentena poderá quebrar.

Convidem a Deus para estar no seu lar, pratiquem estas virtudes e sejam muito felizes.

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