Os prejuízos causados pela ventania e chuva de granizo do começo da semana passada, ainda são visíveis em Rafard e Capivari.
Em Rafard, no Conjunto Habitacional Lurdes Abel R. Guimarães, praticamente 100% das 146 casas do bairro tiveram os aquecedores solares quebrados pelo granizo.
“Todas as minhas vizinhas do bairro estão com os aquecedores quebrados. Acredito que ficou assim o bairro inteiro”, conta Ellen Cristina da Rocha, 20 anos, moradora do conjunto habitacional.
O diretor de Indústria, Comércio e Habitação de Rafard, Emerson Ferreira, confirma a informação das consequências do temporal no bairro.
“Recebemos no dia seguinte ao temporal várias reclamações dos moradores e o maior estrago foi nos aquecedores. Praticamente todos foram quebrados”, explica o diretor.
Economia na conta de energia
O aquecedor solar é uma tecnologia sustentável que traz benefícios ao meio ambiente, mas não é só isso. Usado para aquecer o chuveiro nas residências, ele também é bom para o bolso do morador.
Considerado um dos sistemas sustentáveis de maior resultado, o aquecedor solar, no mesmo modelo instalado nas moradias do conjunto habitacional de Rafard, gera uma redução considerável na conta de energia elétrica.
“Usando o aquecedor solar no meu chuveiro, minha conta de energia baixou de R$ 30 a R$ 40 por mês. Isso dá uns 30% do meu gasto com energia elétrica”, relata Ellen ao comentar os benefícios.
Por se tratar de um projeto de habitação de interesse social, o Conjunto Habitacional Lurdes Abel, em Rafard, foi entregue com aquecedores solares em 100% das unidades.
Onde recorrer
Ter um aumento de cerca de 30% na conta de energia elétrica por causa dos aquecedores destruídos pelo temporal não é uma boa notícia para os moradores.
Muitos deles chegaram a ligar na Prefeitura de Rafard no dia seguinte aos estragos. Eles foram informados que devem procurar a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para acionar o seguro das residências.
O diretor de Indústria e Comércio orienta os moradores a recorrerem ao seguro residencial que cobre danos causados por desastres naturais.
“Todas as casas têm seguro e o morador pode acionar pelo telefone e encaminhar a documentação. Depois a CDHU vai mandar uma equipe fazer a vistoria no local”, explica Ferreira.
Não há taxas de cobranças extras para acionar o seguro e o ressarcimento das despesas causados pelos danos está sujeito à aprovação da companhia de seguros.
O que os moradores precisam ficar atentos é que os danos não devem ter sido reparados entes da vistoria da seguradora, e o serviço deve ser solicitado em até 12 meses do ocorrido.
No caso dos aquecedores do residencial Lurdes Abel, em Rafard, os moradores podem reunir materiais que comprovam a ocorrência do desastre natural, como fotos, laudos do serviço de meteorologia emitidos no dia do vendaval e notícias publicadas na imprensa local que relatam a cobertura dos prejuízos causados pelo temporal.
Todas as informações sobre como proceder para acionar o seguro podem ser obtidas através do telefone: (19) 2138-0350 de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h.