Não olvideis, assim, que, além da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que, nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é sempre o espelho que nos retrata o passado… Emmanuel (Chico Xavier) – Religião dos espíritos – FEB
Um iniciante no estudo do espiritismo questiona: “Alguém pode me responder, já li muito sobre isso, que para ser espírita ou médium não pode fumar, beber, comer carne de nenhum tipo, nem ter vícios em doces, café etc. E aí?”.
Para dizer “eu sou espírita” não precisa esperar ser puro. O que precisa é a pessoa acreditar nos princípios básicos do espiritismo: Deus, Espírito, Imortalidade e sua individualidade, Reencarnação, Pluralidade de mundos habitados, Comunicação entre vivos e mortos, Lei de causa e efeito.
As religiões não salvam, mas, sim a prática da caridade – “Fora da Caridade não há salvação”.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo afirma-se que: “Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua formação moral, e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz em seu horizonte limitado, o verdadeiro espírita compreende algo a mais, faz esforços para desapegar-se desse limite – e consegue, quando tem uma vontade firme”.
Para os espíritas e médiuns, a recomendação é que se abstenham de fumar, beber ou usar drogas. Quanto à alimentação de carne e a bebida de café ou chá, não há contraindicações, a não ser usar moderadamente. Tanto Chico Xavier quanto Divaldo faziam uso disso. É claro que aquele que consegue viver com a dieta sem excessos é muito mais saudável, não resta dúvida, e é um passo para se tornar melhor, mas a comida ou o fato de beber café não santifica ninguém. Tanto que Hitler era vegetariano.
O mentor de Chico Xavier, espírito Emmanuel, ditou uma frase que é muito divulgada no movimento espírita: “A maior caridade que podemos fazer pela doutrina espírita é a sua divulgação”. E a melhor maneira de educar é pelo exemplo, não falando o que deve ser feito.
Sobre a preparação para a vida espiritual, aprendemos que vamos encontrar uma vida muito parecida com a da Terra, mas tudo mais sublimado, mas, ainda existe a necessidade de tomarmos banho, de nós alimentarmos e de dormirmos.
O espírito Humberto de Campos escreveu uma carta intitulada treino para a morte, onde especifica alguns abusos que temos que abandonar: “Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição.
“Os excitantes largamente ingeridos constituem outra perigosa obsessão. Tenho visto muitas almas de origem aparentemente primorosa dispostas a trocar o próprio Céu pelo uísque aristocrático ou pela nossa cachaça brasileira. Tanto quanto lhe seja possível, evite os abusos do fumo. Infunde pena a angústia dos desencarnados amantes da nicotina”. (1)
Conselho não se vende, se dá. O sábio procura aplicá-lo primeiro a si mesmo.