18/07/2014
Suas escolhas determinam o seu destino
Artigo | Por Leondenis Vendramim
Vivemos fazendo escolhas. Escolhemos obedecer ou não aos pais, o curso a fazer, a profissão, a pessoa com quem casar, o que comer e beber, a hora de dormir, estudar ou não, enfim fazemos escolhas a todo o momento. Todos somos livres para escolher, o certo e o errado pululam à nossa vista e ao sabor, mas o resultado da escolha é o ônus a pagar, e não se pode fugir dele. Josué, líder dos titubeantes israelitas, reuniu-os e propôs-lhes: “Agora, temei ao Senhor e servi-O com integridade e fidelidade, deitai fora os deuses… Porém se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais…servi ao Senhor, ou aos deuses dos amorreus… eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Marta Medeiros escreveu um poema sobre escolhas, num trecho, que passo à prosa, diz: “Escolha beber até cair ou virar vegetariano…todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas. A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha a responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências… Lembrem-se suas escolhas têm 50% de chance de darem certo. Mas tem 50% de darem errado. A escolha é sua…” Salomão também adverte: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, anda pelos caminhos que te satisfazem e agradam os teus olhos; sabe porém, que de todas estas coisas prestarás contas” (Ecl 11:9).
No tempo no qual temos um sazonamento de corrupção, a começar com a política (política é a arte de governar de forma polida e eficiente, moral e intelectualmente) até à classe mais ignorante, com moral devassada a olhos vistos, com a inversão dos valores e destruição dos lares, há urgente necessidade de homens que tomem decisões e escolham seguir o caminho inverso.
Diz Ellen G. White: “A maior necessidade do mundo é de homens que se não comprem nem se vendam, homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos, homens que não temam chamar o erro pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” Educação, p. 57.
Ruy Barbosa, um dos políticos brasileiros mais ilustres disse: ”De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
Diógenes, filósofo grego, andava a plena luz do dia, com uma lanterna na mão, e dizia que estava à procura de um homem. A história nos conta de Denades ao discursar aos atenienses, disse: “Convido aos deuses para ouvirem a verdade que falarei”. Os atenienses responderam: “Nós invocamos todos os deuses para serem testemunhas de que não cremos em você”. O filósofo Aristóteles dizia que um homem que fala falsidade “não é levado a sério quando fala a verdade”. O grande Petrarca foi intimado a testemunhar no plenário de Roma. O juiz fechou o livro e disse: “Quanto a você, Petrarca, a sua palavra é suficiente”. Jesus Cristo dizia “O diabo vem até Mim, mas não tem nada em Mim” “Eu sou a verdade…” João 14:6. Aqueles que seguem a Cristo devem seguir Seu exemplo de veracidade.
Uma fábula antiga diz que um gato ensinou vários tipos de pulos e estratégias para uma onça. Num dado momento, enquanto a onça praticava, deu um pulo sobre o gato para abocanhá-lo, mas o gato escapuliu. A onça então reclamou: “Você não me ensinou essa estratégia” e o gato retrucou: o mestre não ensina todo o segredo aos alunos. Somos tendentes ao mal, a burlar a lei, a usar o jeitinho para levar vantagem em tudo, mas para aqueles que querem alcançar melhor caráter, revela-se o segredo: é Cristo no coração. Então, o cristão será veraz, honesto, bom esposo e pai, vizinho prestativo e cidadão honrado. Uma luz nas trevas, o sal para o mundo insosso; um cristão no meio de tantos “Denades” (falsos) que frequentam igrejas.