DO FUNDO DO BAÚ RAFFARD
O time da foto é do União Agrícola Futebol Clube na Fazenda Saltinho, provavelmente no ano de 1966, onde podemos ver: Em pé: João Tocha (Nabela) – Gelo Marchioretto – Hélio Striuli – Zé Martim – Eduardo Amaral (Dudu) – Serafim Albiero – Rubens Botinhon e Titão da Leopoldina, e agachados: Afonso Ferrari e sua famosa caixa de milagres – Luizinho Marchioretto – Toninho Marchioretto – Mirto Gavião, Francisco Augusto e Pissaia. E os meninos são José Eduardo Piazentino e Luis Paulo Piazentino (filhos de Tite Piazentino).
Numa gostosa conversa com José Martins (na foto, o 4º em pé), que pode ser encontrado quase sempre na Pracinha que ele e Ernesto Brigatti improvisaram naquela faixa arborizada que divide a Rua Pracinha Fábio com a Rua Tuiuti, em Rafard, relembramos os tempos em que ele jogava futebol pelo Saltinho, quando segundo ele com saudades me disse que todos eles suavam a camisa pelo amor ao esporte.
Falamos sobre muitos que foram seus colegas de time, e que não estão entre nós, e que hoje são lembrados e seus feitos relembrados com saudades, quando haviam jogos no Campo do Saltinho, do RCA, e que hoje nenhum deles existe mais.
Para atenuar um pouco nosso saudosismo, nossa conversa enveredou para a época da enchente de 1970, quando Zé Martin contou que nessa época era morador da Fazenda Santa Rita, e no dia da enchente, a Sede da Fazenda onde se jogava Bochas, estava lotado pelos moradores que se acomodavam para passar a noite, pois as águas tinham chegado nas casas e ameaçavam ruir.
Os moradores à noite, deixaram a casa, avisados por alguém que havia ficado de olho nas águas que subiam rapidamente. Um trator que foi para lá para retirar alguns móveis de moradores, passou pela ponte em direção às casas, e alguns minutos depois a ponte da Santa Rita ruiu, despencando e partindo ao meio, sobrando somente a cabeceira dos dois lados, assustando a todos, deixando o condutor do trator ilhado do lado de lá…
Após a enchente, os moradores foram se acomodando em casas de parentes no Saltinho e outras porque a Santa Rita não existia mais, pois a enchente destruiu todas as casas.
Logo depois chegou Ditinho Leite, e relembramos de quando o Pecharro pescava no Rio Capivari, e de como se pegava muitas espécies de peixes naquela época, e que se houvesse vontade política por parte dos governantes, poderíamos voltar a ter esse lazer.
Passamos depois a falar da estação, do trem, e relembramos de quando íamos a Piracicaba, Capivari, Salto, Itu e outras cidades de trem, e que se fosse preservada a malha ferroviária pelo menos de nossa região, poderíamos ter em nossa cidade um passeio turístico nos moldes da que foi feita na cidade de Jaguariúna.
Sonhos de um dia de inverno…
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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