Um queria fazer de Jesus um sábio, outro, um filósofo, outro ainda, um patriota, outro, um homem de bem, outro, um moralista, outro, um santo.
Não foi nada disso. Foi um encantador, homem incomparável.
Joseph Ernest Renan, filósofo e escritor francês
Jesus é um espírito iluminado que alcançou essa completude em bilhões de anos de existência reencarnatória e espiritual, até alcançar esse grau de perfeição. Por certo existem outros iguais ou mais avançados que ele no Universo incomensurável de Deus.
No livro A caminho da luz temos esta revelação: “Rezam as tradições do mundo espiritual que na direção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma Comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias.
“Essa Comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos” (1).
Portanto, Jesus não salva e nem apaga os pecados de ninguém, nós que buscamos a “salvação” pela evolução do conhecimento e do amor, através de seus ensinamentos e exemplos. Jesus não foi o único a revelar as leis de Deus, existiram outros antes, e depois dele continua esse desdobrar das verdades, com grandes espíritos, seus prepostos para nos educar no caminho da luz.
Em O Livro dos Espíritos, temos esse esclarecimento de que as leis de Deus estão registradas em nossa consciência na questão 621 e na resposta à 626: “Não dissemos que estão escritas em toda parte? Todos os homens que meditaram sobre o conhecimento da verdade puderam assim compreendê-las e ensiná-las desde os séculos mais remotos” (2, 3).
“Jesus é, para o homem, o modelo da perfeição moral a que pode aspirar a humanidade, na Terra. Deus o oferece a nós como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei” (4).
Na visão espírita, o Sermão da Montanha é o mais belo discurso de Jesus Cristo. Naquela tarde longa, com o Cristo no Monte, ele trouxe o código divino para mais perto de nós. O Sermão não contém dogmatismo.
A teologia do Espiritismo interpreta que esse estatuto, praticado, é o caminho da perfeição e felicidade do homem sobre o mundo. Explica a reencarnação, a pluralidade de mundos habitados, a lei de causa e efeito e a lei de evolução, entre tantas obviedades que a luz do Espiritismo revela.
“Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16).
Na parábola do Bom Samaritano, Jesus conta que um homem descia de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores. No caminho desciam um sacerdote e um levita, que, vendo, passaram de largo. Em sentido contrário, portanto subindo da Samaria para Jerusalém, um homem que ia em viagem viu aquele caído, comoveu-se de compaixão e prestou socorro.
Será que estamos em viagem de curtição ou de crescimento espiritual?