29/09/2015
Sindicato paralisa agências bancárias de Capivari
Dentre as principais reivindicações dos bancários está o reajuste salarial de 16%
CAPIVARI | Antecedendo a mesa extra de negociação econômica com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que acontece nesta sexta-feira, 25, em São Paulo, o Sindicato dos Bancários paralisou por uma hora todas as agências da cidade de Capivari, em defesa dos diretos da categoria na quinta-feira, 24.
Representantes do sindicato levaram para bancários e clientes informações sobre a Campanha Nacional Unificada, iniciada em 19 de agosto, e pediram seriedade dos representantes das instituições financeiras. Além disso, mostraram os sete pecados cometidos pelo setor financeiro, que caracterizam a exploração sem limites, mote da campanha deste ano: mentira, ganância, assédio, ostentação, discriminação, irresponsabilidade e terceirização.
O presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, ressaltou a importância da união dos bancários em torno de uma greve de verdade, e não de aparência, caso não haja acordo entre as partes. “Nossa categoria tem a maior taxa de suicídio e adoecimento. Precisamos mudar esse cenário. Queremos representar os bancários e saber o que eles querem. Podem contar com o sindicato. Nossa luta é de todos.”
O diretor da regional de Capivari, Ubiratan Campos do Amaral, também destacou a união dos trabalhadores, mesmo existindo competição entre os bancos. “A mobilização é a melhor forma de pressão dos trabalhadores e precisamos fazer a nossa parte.”
Dia Nacional de Lutas
O SindBan marcou presença nas manifestações do Dia Nacional de Luta, na quarta-feira, 23, na capital paulista, para pressionar os bancos a apresentarem uma proposta concreta e decente que atenda as reivindicações da categoria na Campanha Nacional 2015.
As principais reivindicações são reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7 de aumento real), PLR, 14º salário, garantia de emprego e ampliação das contratações, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança, como dois vigilantes durante o expediente, instalação de biombos nos caixas e fim da revista íntima e combate à terceirização.
“Os atos em Capivari e em São Paulo foram um início caso os bancos apresentem retrocessos em nossos direitos durante a negociação”, finaliza Paiva.