A crise bateu à porta e os trabalhadores informais, aqueles que não tem renda fixa, não terão entrada de dinheiro para cobrir os custos do mês seguinte se não começar agir agora. Ainda que recebam o coronavoucher – como está sendo conhecido o benefício do governo de R$ 600 para quem está na informalidade – é preciso se reinventar para manter o negócio ativo.
Por isso, especialista do Hybank – fintech de gestão financeira para o microempreendedor – traz sete dicas para os MEIs sobreviverem a este momento crítico.
A fintech reuniu as principais dúvidas levantadas por este público na campanha #tamojunto (iniciativa da empresa para apoiar o microempreendedor) e faz aqui um resumo:
1 – Aceite a crise
Entenda exatamente como a crise vai afetar o seu negócio. Trabalhe assumindo que as receitas vão cair e a entrada de capital não vai estar disponível nos próximos meses. O ideal é utilizar ferramentas e plataformas que facilitem esse processo desde a entrada e saída do dinheiro, evitando que alguns valores se percam.
2 – Adapte
Comece buscar novas formas de adaptação do seu produto ou serviço que encaixe à nova realidade. Sua empresa está na Internet? Se não, esse é o momento de aproveitar as mídias sociais, como Facebook e Instagram, para promover sua marca e apresentar seu “catálogo”. Busque uma ferramenta de vendas on line que se adeque ao seu negócio.
3 – Volte ao dia 1
Planeje um novo modelo de vendas; assuma que está iniciando o seu negócio agora e se baseie na realidade atual. Analise seu cliente de novo, entenda quais as novas necessidades e problemas que ele tem e descubra como você pode ajudá-lo. Já construa tudo isso se baseando na realidade de distanciamento social.
4 – Tenha um planejamento financeiro claro
Se tem um momento mais importante para organizar suas finanças, é hoje. Compreenda como vai entrar dinheiro e como vai sair. Procure saber quanto de lucro vai ter no final do mês e faça projeções futuras conservadoras.
5 – Tampe os furos
Corte todos os custos que não são completamente essenciais para operar. Pague apenas o que é fundamental para gerar receita. O Governo prorrogou o pagamento do Simples Nacional em seis meses. Revise todos os acordos de parceria com os fornecedores e os negocie um melhor prazo para cumprir seus pagamentos e ajuste os preços.
6 – Torne-se Digital
Se dedicar ao universo digital é fundamental para seu negócio se manter nesse período de quarentena e para o futuro. Busque saber com o seus clientes que necessidades surgiram com o distanciamento social e como você pode ajudá-los de longa distância. Considere vídeo conferências, vendas online, utilização de aplicativos gratuitos, delivery e até entregas semanais para garantir o fluxo de entrada.
“Existe um número considerável de microempreendedores que precisam do contato humano para vender. Infelizmente, entramos em uma realidade que não o permite, e por isso é fundamental que busquem se adaptar ao digital. Mesmo que temporário, não sabemos quanto tempo de distanciamento social temos pela frente.”, reforça o CEO do Hybank, Alberto Hamoui.
7 – Cuidado com os empréstimos!
Neste momento, muitas pessoas se questionam se é o momento de buscar um empréstimo para saldar dívidas e mesmo para as compras básicas do dia a dia. Vale um alerta: empréstimo é dívida. Se você realmente precisa utilizar este recurso, lembre-se de encará-lo como uma dívida e inclua-o em sua programação financeira de despesas e antes de sair atrás de crédito, estude suas finanças, as entradas e saídas e saiba exatamente quanto você tira no final do mês. E depois responda: cabe o pagamento desta parcela como despesa adicional?
“O empréstimo tem que ajudar e não atrapalhar ainda mais a vida de quem busca por este recurso. E deve ser o último recurso a ser procurado pelo microempreendedor”, reforça Alberto.
O administrador de empresas e CEO do Hybank ainda reforça que o valor do empréstimo não deve ultrapassar de 10% a 15% da renda mensal.