Nesta sexta-feira, dia 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor. A data é celebrada desde 1965, e faz uma homenagem a estes profissionais tão importantes na formação do ser humano.
Entre tantas histórias de dedicação, desafios e também aprendizados, estão os relatos de três professoras, que contaram como é “ser professor por toda a vida”.
Confira as histórias das educadoras Márcia, aposentada e com mais de 30 anos na profissão; da jovem Laís, que está trilhando seu caminho na Educação; e também da professora Viviane, que optou pela Educação Especial, com a missão de inclusão.
Aposentada, mas sempre professora
Foram 34 anos de trabalho na Educação, e em 2018, chegou o momento da aposentadoria para a professora Márcia Gimenes Giovanetti. Nascida em Rafard, ela mora na cidade até hoje, e conta que, desde menina, sempre foi apaixonada pela profissão. Márcia tem formação em Pedagogia e é Pós-graduada em Artes, Educação e Terapia.
Durante os anos em que se dedicou ao Magistério, ela foi professora, coordenadora de escola e ocupou também o cargo de diretora municipal de Educação, em Rafard.
A sempre professora, afirma que os desafios da profissão vão além da sala de aula. “O professor não se resume à sala de aula. Há muito mais, como a preparação das aulas e o comprometimento com a formação dos alunos, para que eles sejam capazes de desenvolver as habilidades necessárias para viver os desafios em sociedade”, diz Márcia.
No Dia do Professor, Márcia conta que é impossível esquecer os eternos e sempre queridos alunos. “Eles me encontram na rua ou pelos locais da cidade e de uma forma sempre meiga e gentil me chamam, oi pro! Que Deus continue sempre abençoando estes meus eternos alunos”, recorda emocionada.
Para os colegas de profissão que estão em sala de aula e enfrentam os desafios diários da tarefa de educar, Márcia deixa um recado que fala de empatia. “Desejo que nossos professores olhem uns para os outros com empatia, sejam comunicativos, criativos, que colaborem para a diversidade e acessibilidade dos alunos com necessidades especiais e que explorem toda a capacidade de se transformar, assim como mostraram para a sociedade durante este momento difícil da pandemia”, finaliza.
A jovem professora Laís
“Essa é a profissão que começa todas as outras. É só na sala de aula que se sabe o que realmente é ser um professor. Ser professor é uma missão”, diz a jovem professora Laís Fernanda da Silva, da rede municipal de Educação de Rafard, município onde nasceu, reside e hoje trabalha como educadora do ensino fundamental.
Laís tem 32 anos e fez Faculdade de História e Pedagogia. Com 12 anos de caminhada no Magistério, ela ainda é uma jovem professora, com início de carreira em Rafard, onde está efetivada há dois anos.
Ela conta que, quando criança, sempre gostou de brincar de escolinha, e na vida adulta, já na formação acadêmica, despertou interesse pelas aulas de Didática, prática que aplica até hoje para obter os melhores resultados com seus alunos.
“Sempre tive facilidade com a didática e sempre fui muito comunicativa, aplico tudo isso nas minhas aulas. A alegria do professor está no aluno, quando ele diz que gosta das suas aulas e que aprendeu algo novo com você, isso não tem preço”, relata a professora.
No caminho que ainda tem a percorrer, Laís sabe que são muitos os obstáculos, que vão, desde a valorização do professor, o que muitas vezes não acontece, até os desafios em sala de aula, quando é preciso lidar com as diferenças e histórias de vida de cada aluno. “Quando olho para aquelas crianças, eu penso, o meu maior desafio é estar aqui e ensiná-las”.
Durante a pandemia, foi preciso se reinventar. Para isso, a professora criou um canal no Youtube chamado Hora de Estudar, onde publicava vídeos de aulas diárias. Sem esquecer de olhar para os alunos sem o acesso à Internet, ela também criou aulas com textos impressos e teve, ainda, grupos por aplicativos para tirar dúvidas e interagir com o grupo da classe.
De volta às salas de aula, Laís continua na certeza de que fez a escolha certa. “O que me faz sentir realizada é a evolução dos alunos. Sou uma professora muito feliz”, declara.
A professora da inclusão
A professora e psicopedagoga Viviane Gimenes, de 45 anos, iniciou seu trabalho como professora de Educação Especial em 2005. Hoje, ela é professora efetiva nos municípios de Capivari e Mombuca.
A jornada de Viviane começou logo após a sua formação em Pedagogia, com habilitação em Magistério para Deficientes Mentais e Pós-graduação em Psicopedagogia Institucional.
Sua motivação veio da infância, quando já admirava os professores que conseguiam ensinar a todos os alunos, independente das diferenças e dificuldades que apresentavam.
“Na Educação Especial, cada pequeno avanço do aluno é motivo de alegria, sem contar o carinho e amor gratuito que recebemos todos os dias”, afirma Viviane, que trabalha em salas de recursos multifuncionais, que são equipadas com materiais pedagógicos para atender aos alunos de inclusão.
Falar de desafios é algo que acompanha o dia a da professora e psicopedagoga. Eles estão por toda a parte, e vão desde a dificuldade da aceitação do diagnóstico pela família e pela comunidade escolar, até a continuidade dos tratamentos indicados pelos médicos, tão necessários para a evolução destes alunos.
Mesmo com todos obstáculos, Viviane é uma das milhares de professoras de Educação Especial que se dedicam com amor à profissão. “Como professora, quero fazer a diferença na vida deles, quem sabe ser lembrada como a professora que ensinou a escrever e reconhecer o próprio nome”, revela.
Para os professores da Educação Especial, tão importantes no papel da inclusão, a educadora e psicopedagoga deixa um recado. “Aos meus colegas educadores especiais, eu digo que, mesmo com tantas dificuldades, que muitas vezes nos deixam desmotivados, não desistam. Nosso trabalho é de extrema importância, pois somos o elo de ligação que une a família, escola e o aluno”.