ArtigosRubinho de Souza

Sábios antigos

Os sábios antigos costumavam dizer: – Não queira que os móveis, as louças da sua casa, tenham mais brilho que você, pois chegará o dia em que tudo isto que lhe é tão caro, ficará aqui e passará para mãos estranhas, que sequer lhe darão o devido valor.

Limpe bem a sua casa, mas não leves a limpeza da casa tão a sério que não lhe deixe tempo para a vida, pois aqui estamos de passagem, nossa vida fugaz, num segundo você parte, portanto, aproveita-a!

Remova o pó daquilo que for realmente necessário, mas arranja tempo para ler um livro, uma poesia, pintar um quadro, dar um passeio com quem você se sente bem, ou com você mesmo. A vida lá fora, continua!

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Ache um tempo, para fazer aquelas receitas que você tem guardada. Regue as suas plantas, cante, dance, ouça sua música preferida, use aquela roupa que você guarda para um momento especial. O momento especial pode ser hoje!

Reflita! Este dia não voltará a existir, as horas que estão passando neste momento em que lês isto, não mais existirão. O segundo que o relógio acabou de marcar é passado, o próximo que será marcado é futuro, então só temos o segundo que estamos vivendo. Pense nisso!

Sábios antigos. Foto ilustrativa
Sábios antigos. Foto ilustrativa

Lembre-se que a cada dia que passa, fica difícil fazer o que conseguimos realizar hoje. Muita coisa que podemos fazer agora não será tão fácil de fazer na velhice.

Ninguém sabe o dia e a hora da partida, que pode estar breve ou não, mas é certo que restará pouca memória de nós, que aos poucos desaparecerão. Você lembra do nome dos avós de seus pais? Claro que não!

A página do livro da nossa vida será inevitavelmente fechada e, muitas vezes, sem deixar rastro de nossa passagem, pois a vida seguirá seu curso, tal como é, imutável e indiferente ao teu passamento. A Terra continuará a girar, o sol continuará a nascer a cada manhã, e a se pôr ao fim de cada dia, sem se importar com nossa ausência.

E mesmo assim, vivemos perdidos em preocupações e dúvidas, atormentados pelo sofrimento do passado e pelas inquietações do futuro, mais preocupado com a aparência exterior, do que com o nosso eu interior, enredado pelo que os outros diz ou pensam de nós…

Ao partir, já que um dia todos nós vamos partir, você irá desaparecer, também seremos transformados em pó, sem que ninguém se lembre de quão limpa era a sua casa, mas hão de se lembrar das boas ações que você fez, do seu caráter, da sua amizade, da sua alegria e dos bons exemplos e ensinamentos.

Pense nisso!

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