Na casa onde moram Laila e Diego,
Eles escolhem sempre lugares alegres.
Casas grandes!
Com quintais onde se ouve o canto dos pássaros
E até as aves noturnas.
Nas madrugadas, o despertador é o sabiá
Às cinco da manhã, para início de conversa,
O sabiá canta, mas canta que não dá para acreditar o fôlego dessa ave.
Parece até que quer entrar dentro de casa para apresentar sua melodia.
É um cantar diferente, mas eu não o avistava nunca.
Eu queria vê-lo.
Um dia resolvi seguir seu canto. Cheguei a pensar que fosse triste.
O perseguia pelo som, parecia que não queria ser visto.
Mas cantava tão pertinho…
Como é que eu não via?
Numa manhã, o segui até uma árvore grande.
Eu sabia que o sabiá estava lá.
Subi na varanda da casa e cheguei perto com o celular.
Queria filmar, porque o seu canto já gravei para guardar.
Numa tarde, ele cantava bem na ramagem da primavera.
Mesmo assim, não consegui vê-lo.
Ah, sabiá cantador!
Seu canto não é triste, não!
Chegou o dia.
Eu o persegui e vi sua companheira pulando de galho em galho,
E você a seguindo com seu alegre canto.
Ele cantava só para ela, e onde a sabiá voava,
Seu companheiro a seguia com seu cantar.
Por isso, cheguei à conclusão:
O sabiá canta o dia inteiro, com amor e alegria no coração!
Entendi que o sabiá não me deixava chegar perto, de ciúmes da companheira.
Sabiá, cante!
Cante e seja feliz, assim como eu também sou!
Sabiá cantador,
Que canta com amor.
