Martim Francisco Ribeiro de Andrada nasceu na cidade de Santos, em 27 de junho de 1775, casou-se com sua sobrinha, Gabriela Frederica Ribeiro de Andrada, filha de seu irmão José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência.
Por Carta Régia de 17 de agosto de 1801, é nomeado Diretor-Geral das Minas e Matas de São Paulo, e em consequência desses encargos, realiza importantes excursões científicas pelas regiões de Barueri, Parnaíba, Itu, Sorocaba, Porto Feliz, Itapetininga, Apiaí, Rio Verde, e também pela região litorânea de Itanhaém, Peruíbe, Iguape e Cananéia.
Em janeiro de 1822, seu irmão José Bonifácio começa a sua grande obra de organizar o país e divulgar os ideais de Independência, mas na Província de São Paulo, o movimento retrógrado das ideias lusitanas, apoiado pelo general João Carlos, conseguira interromper o progresso da liberdade constitucional, que a nova ordem tentava implantar no país.
Como representante das novas ideias, que tinha em José Bonifácio o seu maior defensor, é Martim Francisco expulso do governo provisório de sua província, e conduzido preso para a corte, tal era ainda a força das ideias regressistas.
Chegando ao Rio de Janeiro, aguardava-o um brilhante triunfo: seu nome ia ligar-se para sempre ao grande drama de nossa libertação política.
A nova ordem constitucional reclamava sobretudo um bom administrador financeiro, que pudesse, por acertadas medidas, fazer face às avultadas despesas, que exigiam acontecimentos extraordinários. Esse homem apareceu em Martim Francisco.
A 12 de novembro de 1823 decretada a dissolução pelo Imperador D. Pedro II da Assembleia Constituinte, vários deputados são presos, entre eles está Martim Francisco juntamente com os seus irmãos José Bonifácio de Andrada e Silva e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva.
Saindo da prisão, neste mesmo ano, retoma suas atividades políticas, muito embora, desgostoso por tantas decepções, e amargurado com a vida pública, tivesse jurando nunca mais retornar a ela.
Tanto assim que, no início do ano de 1830, recusa-se a entrar para o Conselho da Coroa, a que o chamava o Imperador, já arrependido de seu erro.
Martim Francisco e os Andradas, perdoaram a D. Pedro I pelas ofensas recebidas, e foram na adversidade os únicos amigos que encontrou o Imperador.
De uma severidade de costumes superior a toda sedução, conservou-se sempre pobre, sem honras.
Faleceu no dia 23 de fevereiro de 1844, em Santos, sua terra natal, onde está sepultado, e seu nome lembrado e homenageado em muitas cidades, também mereceu ser lembrado numa das ruas de nossa cidade.
Grato por nos prestigiar com sua leitura. Abraço.
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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