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Rua Conselheiro Gavião Peixoto

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Bernardo Avelino Gavião Peixoto nasceu em São Paulo e foi um importante militar e fidalgo do Foro Grande da Casa Imperial, Vereador da Imperatriz e Comendador da Ordem de Aviz, exerceu a política, tendo sido deputado do Império e Presidente por duas vezes da Província de São Paulo. Faleceu em Santos, em 1912.

Bacharel em direito pela Academia de São Paulo, em 1849, dedicou-se à magistratura em sua província que viria a representar na Câmara dos Deputados em três legislaturas.

Gavião Peixoto foi nomeado por carta imperial de 18 de fevereiro de 1882, presidiu a província do Rio de Janeiro, de 16 de março de 1882 a 28 de outubro de 1883. Foi um dos primeiros a idealizar uma ligação entre Rio e Niterói por meio de uma ponte, sonho que viria a ser realizado somente na década de 1970.

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O Conselheiro Gavião Peixoto, era proprietário de vasta extensão de terras no interior paulista que pertenciam a Sesmaria de Cambuhy, como era chamado o local, quando em 1881, Henrique Raffard, filho do cônsul suíço Eugêne Raffard, obteve concessão do governo imperial, para fundar organizado em companhia inglesa, o Engenho Central em São João do Capivary.

O Engenho Central foi instalado nas terras da Fazenda Boa Vista e Leopoldina, respectivamente de propriedade de João de Campos Camargo e do Conselheiro Bernardo Avelino Gavião Peixoto.

O engenho, que teve sua pedra fundamental lançada em 12 de maio de 1883, acabou incorporando o nome de seu fundador, e recebeu a denominação de “Engenho de Villa Raffard” e posteriormente a Vila operária que se formou a partir das atividades fabris em 1884, passou a ser chamada de Vila do Henrique Raffard, e posteriormente Villa Raffard.

Segundo apuramos através de pesquisas, consta que a casa da fazenda São Bernardo, onde morou Tarsila do Amaral foi construída pelo Conselheiro Bernardo Avelino Gavião Peixoto, no ano de 1873, sendo a porta original do casarão, feita de madeira maciça, tendo no alto a inscrição das letras B.A.G.P. seguidas do ano da construção.

Diz a história que essas foram as primeiras letras que Tarsila aprendeu ler, em sua infância.

Pedimos a colaboração daqueles que saibam de alguma informação adicional que possa contribuir com a reconstrução da história de nossa cidade, principalmente, pedimos ajuda aos descendentes das famílias, cujos antepassados foram homenageados com nomes de ruas em nossa cidade, para que essas informações possam ser publicadas para conhecimento dos moradores.

Caro leitor, grato uma vez mais, por nos prestigiar com sua atenta leitura e bom final de semana.

COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
Envie sua colaboração para o colunista: [email protected]

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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