Rubinho de Souza

Reminiscências rafardenses (por Ginho Hortolani)

Tem dias que me pego, buscando na memória já um pouco enevoada, motivada pela idade cronológica que ao passar dos anos, teima aos poucos em nos arrebatar o que de melhor temos guardados nos recônditos de nossas lembranças, vivenciadas no túnel do tempo de nossa fugaz existência.

Mas, recordar é preciso, e recordar coisas boas é viver a felicidade duplamente, pois ao fazer esse exercício de fechar os olhos e deixar nos levar ao passado, como se lá estivéssemos novamente, nos aumenta a paz, faz bem à alma e nos aquece o coração.

Muitos anos se foram, e muita água já passou debaixo da ponte de minha existência, mas ainda trago na minha memória imagens daqueles dias, tanto que dia desses, num papo informal com Rubinho de Souza, competente escritor das reminiscências do passado rafardense, entreguei a ele um manuscrito onde conto um capítulo da história de minha vida que compartilho aqui.

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Já lá se vão sessenta anos e ainda lembro das pessoas que deixaram saudades, pessoas que marcaram minha juventude, minha vida enfim, das quais jamais esqueço: “Dácio”, um amigo que era uma boa alma; Bimbo com seu cão de nome “Fido”; Nório Morbioli e seu cão valente e briguento ao qual ele deu o nome de “Doge”; Guerino Forti; Maurício Scarso; Zé Gasparoto; Ginho Chiarini; Teleco (Antonio Carlos Ferreira) e Bépe Ricómini, todos como se visse um filme, juntos nas nossas caçadas, em nossas pescarias.

Reminiscências rafardenses
Reminiscências rafardenses

Há ainda outros amigos que partiram mais recentemente, amigos leais, verdadeiros amigos, companheiros de jogos que no despontar da minha juventude também fizeram parte de minha vida, cuja companhia era diária: Gildo; Zélão Lourenson, Cuco Bragion e Osmar Naldi (Polenta), amigos que ao me vir à lembrança, os olhos enchem de lágrimas…

A todos vocês amigos inesquecíveis, de infância e juventude, entre outros que porventura tenha deixado de citar, deixo registrado neste pequeno relato, a minha eterna gratidão por fazerem parte da minha vida e eu ter sido privilegiado por também fazer parte da vida de vocês.

Trazer para conhecimento dos caros leitores, essas doces lembranças vividas ao lado de cada um deles, ao recordar de um tempo em que tempo algum irá apagar, é para mim gratificante, pois como disse certa vez um poeta: “Aqueles que partem, nunca vão sós, deixam um pouco de si e levam um pouco de nós”.

Lembranças escritas em 01 de novembro de 2023 por Ginho Hortolani – em colaboração para com o Grupo – Rafard Do fundo Do Baú.logo do fundo do baú raffard

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