Quem está acostumado a trabalhar com pessoas, pode observar como algumas delas são melindrosas. Elas podem falar de tudo e de todos; podem tomar decisões a bel prazer, sem consultar quem de direito; sentem-se as melhores entre as demais. Quando alguém faz alguma observação sobre elas, coitado ou coitada, pois parece que o mundo vai acabar, tanto que espraguejam. Para elas, trabalhar em equipe é fazer sempre o que desejam e não procurar e estudar juntos a melhor solução.
A pessoa melindrosa se sente o centro do mundo. Tudo gira em torno dela, daí a razão de estar sempre achando ruim por este ou por aquele motivo. A origem dos melindres é sempre na família, onde faltou uma boa educação, sabendo corrigir os ataques de estrelismo. Melindres têm cura? É claro que tem. Só que é muito lenta a recuperação, pois “cavalo velho é difícil mudar a toada”. Um primeiro passo é a própria pessoa reconhecer esse seu defeito e, depois, se esforçar para superá-lo.
Em seguida, precisa ir valorizando as demais pessoas, descobrindo seus valores e suas virtudes e procurando deslocar-se do centro das atenções. Em um estágio mais espinhoso, precisa ir aprendendo a mais ouvir que falar, sabendo trabalhar em equipe. Também aqui, precisa-se ter cuidado, pois trabalho em equipe não significa a soma dos trabalhos individuais, mas um trabalho planejado, executado e avaliado em conjunto, onde todos tomem parte de tudo, não sobrecarregando ninguém.
Na equipe são valorizadas as qualidades de cada um, tendo claro o objetivo comum, que está acima dos interesses pessoais. Não é fácil trabalhar em equipe, pois sempre tem alguns aproveitadores que nada fazem, deixando as coisas nas costas dos outros. Tem também os que só falam, mas na prática nada fazem. Aparecem também alguns que não conseguem ter ideias próprias e só sabem copiar pensamentos alheios. Saber trabalhar em equipe é deixar os próprios melindres de lado.