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Religião – Santo Antônio de Sant´Anna Galvão

Padre Antonio Carlos D'Elboux

Hoje, 25 de outubro, é um dia especial para os católicos brasileiros, pois celebramos o primeiro santo brasileiro: Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, paulista da cidade de Guaratinguetá, onde nasceu em 1739, filho de Antônio Galvão de França e Isabel Leite de Barros. Aos 13 anos, Antônio entrou no Seminário dos Jesuítas na Bahia e queria ser jesuíta, mas o pai sabendo do clima existente na época contra os Jesuítas aconselhou-o a entrar nos Franciscanos. Com 21 anos, Antônio de Sant’Anna Galvão ingressou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores, em Macacu, no Estado do Rio de Janeiro.
A ordenação sacerdotal aconteceu no Rio de Janeiro, no Convento Santo Antônio, no Largo da Carioca, em 11 de julho de 1762. Trabalhou cerca de 60 anos na cidade de São Paulo, onde fundou o Recolhimento da Luz, depois transformado no Mosteiro da Luz, local onde faleceu com fama de santidade, aos 23 de dezembro de 1822, com 84 anos de idade. Seu túmulo se encontra no Mosteiro por ele fundado. Ele foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998. Sua canonização aconteceu em São Paulo, em 11 de maio de 2007, pelo Papa Bento XVI.
O processo para que uma pessoa seja declarada santa é aberto, normalmente após cinco anos da sua morte, pelo Bispo da Diocese onde ela morreu, apresentando uma sua biografia completa e os testemunhos das pessoas que a conheceram. A partir daí o processo é remetido ao Vaticano, onde a Comissão Histórica e a Comissão dos Consultores Teológicos examinam o processo, vendo se o mesmo é coerente com as virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança). Depois o processo é analisado pela Congregação Ordinária dos Cardeais e Bispos, e, se aprovado, a pessoa recebe do Papa o título de Venerável.
A partir daí requer um milagre através da intercessão daquela pessoa. O milagre deve ser aprovado por junta médica do local e submetido à aprovação das autoridades do Vaticano. Uma vez confirmado, o Papa assina um Decreto de aprovação do milagre, restando marcar a data da Beatificação. O culto do beato é restrito aos lugares onde ele viveu. Há ainda a necessidade de um outro milagre, para que o Papa faça a canonização, quando o culto da pessoa é estendido a todos os católicos. A festa de Frei Galvão mostra-nos que a santidade é possível a todos nós.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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