Artigo | Por Leondenis Vendramim
A Psicóloga Vera Zimmermann, coordenadora do Centro de Referência da Infância e da Adolescência da UNIFESP, já citada anteriormente, aconselha aos pais:
“- Não ter TV no quarto, mas um aparelho comum para a criança aprender a dividir programas e horários com pais e irmãos;
– Estabelecer tarefa desde pequeno, conforme a idade, para que eles se sintam participativos dentro de casa (arrumar cama, lavar louça, colocar roupa na máquina, arrumar a mesa);
– Pais devem também dividir as tarefas entre si para dar exemplo. Não deixar que apenas um faça tudo;
– Frustrar a criança, às vezes, ajuda a ensinar as regras da sociedade, como respeitar o desejo do irmão ou dos pais em detrimento do dela;
– Tirar o “trono” da criança quando ela deixa de ser bebê. Ela não precisa perder a majestade, continua sendo especial, mas não precisa mais ser o centro de tudo;
– Ensinar a respeitar as visitas, cumprimentar a todos, agradecer quem faz o almoço, elogiar a roupa limpa;
– Os pais devem estar alinhados com a escola e conversar com os professores. Criança deve ser ensinada a aceitar a autoridade da instituição de ensino e do professor;
– “Levar o filho a se colocar no lugar do outro”.
Os pais devem, em tudo, fazer o que pretendem que seus filhos façam: cumprimentar, elogiar, agradecer, abraçar, declarar amor, erguer algo derrubado por outrem, pedir desculpas (mesmo que seja aos filhos pequenos). Porém, os genitores devem ser firmes, unidos e coerentes na disciplina. Só dizer não aos filhos quando precisa, e sim a tudo o que puder ser permitido, mas seja o seu não, não e o sim, sim. Dê liberdade de expressão, elas precisam ter iniciativas. Jamais devem os pais mentir ou prometer o que não podem cumprir, nem falar alto, com aspereza ou ira.
A lei de Deus diz: “Honra teu pai e tua mãe… para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem…” Dt 5:16. Porém a educação, ou a falta dela, inverteu os valores. A educação mudou o foco, valoriza o conhecimento, as habilidades e não mais, como prioridade, a formação do caráter. Os pais acham que a escola deve educar, e a escola, que a educação deve vir de casa. Ambas as instituições, lar e escola, devem assumir o papel de ensinar moral, e formar caráter de cidadãos probos, trabalhadores, sem desprezar o conhecimento e as habilidades, unindo a teoria com a prática.
É ordem bíblica: “Filhos obedecei em tudo a vossos pais… isto é agradável a Deus. Pais, não irriteis vossos filhos para que não percam o ânimo” (Col 3:20-21). A ética preconizada pela legislação nem sempre concorda com a bíblica, assim como nem tudo o que é legal é moral; os altos impostos que pagamos, é legal, mas é imoral. A pedagogia da vara, outrora usada pelos pais e escolas, hoje, abominada e ilegal, pode ser moral e bíblica. Nem Deus, nem a escola, nem a legislação aprovam a punição física exasperada, que não visem o bem da criança. Mas notemos: “O (pai) que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina” Pv 13:24. “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina afastá-la-á dela” Pv 22:15. “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonhará sua mãe” Pv 29:15. S. Paulo comenta o quinto mandamento da lei de Deus em Ef. 6 e em Heb 12:6-9 “… o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo o que recebe por filho… É para disciplina… Deus vos trata como filhos”.
Castigar os filhos com vara e com amor, não é pecado, nem imoral, embora seja ilegal. Claro que com excesso, com raiva, sem amor, é ilegal, imoral, e é pecado. Educar precisa: amor, objetivo, bondade, mansidão, autodomínio, e presença de Deus, punir e elogiar, sempre visando o bem da criança. Ufa!!!! Quem é idôneo!!!!