Artigo | Por Leondenis Vendramim
Ética empresarial também é resultado da formação moral na família. A sua conduta no lar, a maneira como trata a esposa, os filhos, irmãos e pais, e suas coisas, refletem no seu relacionamento na empresa. Charles Cooley sociólogo moderno diz: “Nós não somos quem pensamos ser, mas somos o que pensamos que a pessoa mais importante de nossa vida pensa a nosso respeito”. Meditações Matinais 24/4/14, CPB. Se você quer saber o que você realmente é, pergunte à sua esposa, aos seus filhos, a Jesus, e na empresa, pergunte ao seu amigo mais franco.
Na faculdade em que dei aulas por 15 anos, um professor, meu colega, contou-me que foi fazer um estágio na Volvo, na Suíça. No dia seguinte seu colega suíço levou-o à empresa. Chegando ainda cedo, havia muitas vagas para estacionar, mas ele parou o carro longe da entrada. Então meu amigo perguntou: Por que você parou tão longe, tendo vagas perto da entrada. A resposta foi: “Nós chegamos cedo, temos tempo para andar, assim deixamos a vaga próxima à entrada para aqueles que chegarem tarde não perderem tempo”.
A cortesia faz parte dos nobres. Os nobres sempre chegam um pouco antes do horário marcado. Os corteses sempre agradecem a seus semelhantes, não importa se são superiores ou subalternos. Sempre cumprimentam e se despedem. Reconhecem o erro, procura corrigi-los e evitá-los. São prestos em ajudar quando os colegas estão com dificuldades ou atrasados, são atenciosos e gentis com seu líder ou com seus liderados, sabem trabalhar em equipe, são incentivadores. São verdadeiros, leais, honestos, probos. São gratos à sua empresa, pois dela recebem o salário para a manutenção.
Isto acontece porque aprenderam no convívio familiar; tornaram-se nobres entre seus familiares. Não importa se são chefes ou subordinados, marido, esposa ou filho. O nobre sempre cumprimenta seus familiares, e deles se despedem, nunca atrasa seus compromissos, agradece os favores, elogia as boas ações, desculpa-se (com os filhos, com os irmãos ou com os pais) e procura corrigir-se, está sempre pronto a ajudar nas tarefas do outro no lar ou na empresa, é um líder e incentivador, enfim, sua família e sua empresa são sua vida.
Bill Gates, exitoso, conceituado e um dentre os mais ricos empresários do mundo fez um discurso para formandos do curso médio: “O que a escola não ensina”. Resumindo disse: Vocês vão agora para o mundo da realidade ao tentar um trabalho. Lá terão de saber arrumar sua cama, cuidar de seus pertences. Não terão dois meses de férias, nem faltas sem motivo. Não terão justificativas para o seu atraso, não terão os professores para reensinar e nem terão segunda prova. Seu chefe não consolará e nem terá compaixão de você, se você errar, rua!
Alexandre o Grande, tornou-se rei e administrador do império grego com 20 anos. No seu exército, tinha um soldado chamado Alexandre que praticava atos imorais. O rei o chamou e disse: “Você se chama Alexandre”? “Sim”, respondeu o soldado garboso. “Ou você muda de atitudes ou muda de nome!”. Disse o General. O que envolve o nome de sua família, o nome de cristão, o nome da empresa que você representa? Talvez alguns filhos tenham de ouvir de seu pai, do seu chefe, ou do seu Deus: “Ou você muda de atitude ou muda de nome”. As grandes empresas exigem que seus funcionários tenham comportamento escorreito na sociedade, e aos transgressores da lei, rua!
A Bíblia tem muitos e bons conselhos para os empresários, como também aos funcionários. Parafraseando Cl 3:22 – 4:1: Funcionários obedecei em tudo a vosso chefe, não servindo apenas sob vigilância, visando só agradar homens, mas tudo o que fizerdes, fazei com dedicação o melhor que puderdes, como a Deus. É a Cristo que servis e dele recebereis a recompensa. Senhores empresários, tratai vossos empregados com justiça e equidade, pois tendes também um Senhor no Céu. Quem faz injustiça, receberá em troco a injustiça feita. Nisto não há acepção de pessoas.
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