Artigo | Por Denizart Fonseca
Neste capítulo estaremos encerrando as “memórias” na então Villa, uma vez que no ano 1938 nos transferimos para a cidade de Borborema para estudarmos no Ginásio do Estado em Itápolis, cidade vizinha, aqui deixando irmãs, cunhados, sobrinhos e amigos.
Muitos anos passaram com muitas barreiras vencidas, para em 1943 por aqui passarmos, revendo parentes e amigos antes de seguirmos para São Paulo e na Escola de Especialistas da Força Aérea Brasileira, de onde apos formados e graduados, partimos para o Rio de Janeiro, com intenção de integrarmos o Grupo “Senta a Pua” da FAB que lutaria na Itália. Com o voluntariado já fechado tivemos que nos contentar participando de patrulhas aéreas no litoral centro-sul brasileiro durante a 2ª Grande Guerra.
Nova fase longe da “terrinha” que era visitada, apenas nas férias, integrando a equipe que iniciava a grande batalha libertadora, cuja ideia lançada pelo Padre Simões, qual semente começava a germinar despertando no povo, o sonho visando o progresso do pequeno pedaço da Pátria, conquistando a sua mudança de Comarca para Município com seus Poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo.
Essa luta era liderada pelo cidadão Genaro Vigorito, empresário em Capivari, que esposando a nobre causa, o Movimento Libertador, enfrentou corajosamente a oposição usando seu prestigio junto a influentes políticos estaduais e federais, visitando-os seguidamente em São Paulo e Brasília.
Enquanto isso, aqui, dentro das possibilidades colaborávamos, divulgando com veemência a ideia da nossa emancipação política e econômica, em comitiva visitando para expô-la e pedir apoio, ao Dr. Adhemar de Barros então Governador do Estado.
Finalmente vencida a grande luta, ultrapassadas todas as barreiras e dentro dos tramites legais, comemorando festivamente a 21 de Março de 1965 foram empossados o Prefeito Sr. Genaro Vigorito, na Câmara os Vereadores e nos demais cargos, as autoridades para a primeira administração do novo Município.
Para não incorrermos em erro de omissão, citamos apenas o nome de Genaro o “General da Libertação”, considerando com “combatentes pelo bem comum”, toda a população de Rafard (salvo algumas “cobras” que mesmo aqui residindo, não apoiaram a campanha).
O que veio nas administrações subsequentes, com altos e baixos, hipocrisias, apropriação indébita, defeitos, tristezas, alegrias (?), enganos, comprovada incompetência e decepções desnecessário se faz comentar. Todos viram e continuam vendo. A falta de espírito cívico, patriotismo e amor a Pátria, levam as pessoas a egoisticamente pensar apenas em si, desconsiderando e desrespeitando seus semelhantes, bem como menosprezando as Leis e Regulamentos que regem o destino do País, levando-o ao calamitoso estado em que se encontra o nosso.
Cidadania
Embora haja placas explicativas proibindo o estacionamento de veículos – mesmo por um minuto – em lugares reservados para idosos e deficientes físicos, muitos motoristas “cara de pau”, continuam errando, assim como a recente contramão, e excesso de velocidade na Rua Capitão Duarte Nunes, sendo necessária a presença de um guarda municipal para advertir, já que não tem autoridade para multar, assunto sobre o qual gostaríamos de um esclarecimento. Se em outras cidades advertir e multar os transgressores do trânsito é normal, porque não aqui?
É útil e necessário orientar as pessoas a respeito das datas nacionais, afinal trata-se também de Leis a serem cumpridas. No dia 21 p.passado (parte do feriadão), presenciamos, decepcionados, pessoas atirando em via pública, entulhos de todos os tipos que ocupando alguns, a metade da passagem, emporcalharam a cidade prejudicando-lhe a imagem, principalmente aos olhos de visitantes. Esses infelizes desconhecedores da cidadania não poderiam deixar para fazê-lo em um dia comum? Errar por ignorar é desculpável, mas errar sabendo o que está fazendo e uma ação agravante. Estamos apelando para o bom censo das pessoas para que pratiquem a cidadania. Que assim seja.