Artigo | Por Denizart Fonseca
Prosseguindo em nosso roteiro, ainda na Praça da Bandeira, havia a barbearia do, como nós recém-chegado, poeta piracicabano Pedro Silveira Rocha depois escritor e historiador; a direita da qual, a venda de secos e molhados, seguida de açougue de propriedade do Sr. Carlos Carnevalli, tendo seu cunhado Armando de Biási, como gerente e atendente da freguesia no balcão e mesmo a das Fazendas, transportando as compras quando muito grandes, o que fazia em um carro “Ford-bigode” cor de vinho.
O proprietário não se dava a esses trabalhos, dedicando-se mais, à grandes pescarias no Rio Tietê, comprovadas pelos enormes peixes expostos no açougue onde as pessoas até paravam para admirar, elogiando o sorridente e feliz autor da proeza.
Tempos depois, no lugar do açougue instalou-se a pharmácia São Mathias do “Seu Fonseca” – Médico e Pharmaceutico – que com sua família transferira a residência de Mumbuca para cá, no mês de Julho de 1932, findo o contrato assumido com o Sr. Humberto Pellegrini Secretário do Engenho de açúcar e álcool, para fornecer medicamentos apenas aos operários daquela indústria.
Ainda de propriedade do Sr.Carlos, dois imóveis geminados ocupados: um pelo Cirurgião Dentista Dr. Erasto Godoy da Fonseca e família onde, na sala de frente, atendia seus clientes e outro pela família Galzignatto.
No lado oposto da praça, a partir da esquerda formando uma curva, havia uma alfaiataria e unidas, duas ou três casinhas de porta e janela chegando assim à padaria seguida de açougue do Sr. Giuseppe (Bépe) Aprilanti, “viga mestra” de uma família, integrante da grande Colônia de imigrantes italianos, responsável pelo desenvolvimento e progresso de muitos vilarejos no interior paulista, em especial desta região, sobre a qual falaremos oportunamente.
Na esquina da Praça com a estrada para a Fazenda São Bernardo encontramos a venda do Sr. Floriano Fedrighi, tendo a frente uma bomba de gasolina acionada manualmente por uma alavanca, onde o “Ford bigode”, os dois carros do lugar, eram reabastecidos, pelo já bem idoso dono da venda.
Atravessando a esquina havia a Rua Tietê onde em colônia formada por casas geminadas habitavam as famílias de operários da Societê de Sucreríes Brasilienes, ou simplesmente Engenho.
Do lado esquerdo dessa rua, em um plano mais elevado, residia o também contratado pelo Engenho, médico Dr. José Soares de Faria, esposa e filho, atendendo aos pacientes no consultório ou nas suas residências em sítios e fazendas, dirigindo sua “baratinha conversível” amarela.
A rua seguia em direção à Fazenda Santa Rita, tendo antes de cruzar com estrada que levava à Fazenda Leopoldina uma Capela conhecida como Cruzeiro.
Cidadania
Reafirmamos nada termos contra as pessoas, mas, não aceitamos, reprovamos, censuramos e até repudiamos as idiotices que muitas, insistem em praticar como:- apesar dos alertas em todos os meios de comunicação, continuarem desperdiçando água potável, não respeitando Leis e o Regulamentos do Trânsito principalmente estacionando em lugares destinados à pessoas idosas e ou com deficiência nos membros inferiores, bem como, por não haver punição, continuam não observando as mudanças de direção no transito, como temos notado.
Reconhecemos estarmos passando por uma fase de sérios desmandos nas capitais e grandes cidades, porém em pacatos e ordeiros Municípios como o nosso, depende apenas do bom censo e prática da cidadania por seus moradores, ser preservada a paz, por enquanto, existente.
Devemos fraternalmente nos dar as mãos em prol das tão ambicionadas: Paz e Liberdade de pensamento e ação, aplicando dentre tantos bons ensinamentos do Divino Mestre o:- “Amai à Deus sobre todas as coisas e ao vosso semelhante como a vós mesmos”. Que assim seja.