Opinião

Raffard – Memória

30/10/2015

Raffard – Memória

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Por Denizart Fonseca

Contrariando o ditado popular “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, as centenas de demonstrações da prática de cidadania através de críticas construtivas dirigidas à atual administração deste município não surtiram nenhum efeito, continuando – infelizmente – os defeitos, erros e desatenção à Leis e Regulamento, tirando o nosso entusiasmo em prosseguir insistindo, pondo um ponto final nesse setor. O importante é a nossa consciência tranquila por havermos tentado, como em outras tantas obras beneficiariam a população que por falta de apoio, não sobreviveram.

Estamos com trechos de nossos dados biográficos dando início – agora em setor da história – comentários sobre Raffard e Rafard dos anos trinta (30) quando chegamos e declarações de pessoas aqui residentes desde a sua fundação.

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Por estarem indelevelmente gravadas e visualizadas em nossa mente, damos origem ao que; vindos da vizinha Mumbuca com os móveis transportados pela Estrada de Ferro Sorocabana, encontramos em 18 de Julho de 1932 – plena Revolução Constitucionalista – na pequenina Villa Raffard.

Nascido a 26 de Novembro de 1925, em Mumbuca, filho do Dr. Benedicto Affonso da Fonseca e Dna. Anna Godoy Almeida Fonseca, com a idade de sete (07) anos, fomos matriculados no Grupo Escolar em um prédio posteriormente ocupado pelo RCA e hoje pela Drogaria São Luiz.

Como divisa da Usina, havia um enorme portão de metal, tendo na parte superior em semi-circulo: “Societè de Sucreríe Brasilienes” (Usina de propriedade de franceses, produtora de açúcar e álcool brasileiros) Em seguida havia casas geminadas e ocupadas por funcionários graduados, bem como uma Central telefônica.

Nosso pai, Médico e Farmacêutico, foi contratado pelo Sr. Humberto Pellegrini, encarregado do pessoal, para atendimento aos operários e familiares, instalou sua farmácia São Mathias, junto a Cooperativa de Secos e Molhados e Loja de tecidos, também para o fornecimento de gêneros alimentícios e tecidos, privativos aos cooperados.

A enorme Usina era muito bem administrada por franceses e movimentada pela inteligência e mãos de centenas de operários, desde os cortadores de cana, maquinistas das composições que; percorrendo os canaviais, transportavam o produto já amarrado e unido em montes de feixes para serem anotados por fiscal o nome do operário, mecânicos, eletricistas, caldeireiros, pedreiros, pintores, soldadores, um muito bem aparelhado laboratório para análises químicas, dirigido pelo Sr. José Miguel Bósio (oportunamente faremos comentário sobre este genial imigrante italiano) até os funcionário encarregados da sua parte burocrática.

Prosseguiremos com este comentário, reiterando aos nossos concidadãos o pedido de participarem, nos relatando fatos, nomes de pessoas e fatos ocorridos neste pedaço de chão cuja alcunha é Cidade Coração e deve ser amado e respeitado por todos nós.

Cidadania

Dia dos Finados. Com a devida vênia dos que acham que com a morte do corpo material tudo acabou, podemos afirmar o contrário. Cessa apenas a vida material, combalida por doenças irreversíveis ou pela idade avançada, cumprindo a lei: ”Nem antes, nem depois, nem por acaso“ e felizmente, por mais uma Graça Divina, não sabemos: “Quando, como, onde e nem porque”, simplesmente pela parada do batimento cardíaco, do coração, nosso órgão vital, o espírito se liberta das algemas que o prendiam à matéria, retornando à verdadeira vida, após cumprir a missão assumida na espiritualidade, antes mesmo de nascer.

A vida continua na espiritualidade. Com flores e orações reverenciando a memória dos nossos entes queridos, que desencarnaram, é uma demonstração de respeitosa gratidão e carinho que certamente felizes, estarão também agradecendo e por nós rogando a Deus.

Que assim seja.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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