22/06/2015
Rafard estuda realizar Campanha dos Lacres
Projeto desenvolvido em Capivari, que visa trocar lacres por cadeiras de rodas, foi tema de reunião entre as duas cidades, na última semana
RAFARD – A Campanha dos Lacres, desenvolvida pela Secretaria dos Direitos da Pessoa Com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Capivari, foi tema de uma reunião na segunda-feira, 15, em Rafard. O encontro também discutiu a possibilidade de criar um Conselho Municipal e uma Diretoria da Pessoa com Deficiência para tratar de assuntos dessa esfera e lutar pelos direitos dessas pessoas na sociedade.
A Campanha dos Lacres tem o objetivo de arrecadar lacres de latinhas para trocar por cadeiras de rodas. Uma cadeira equivale a 140 garrafas pet cheias de lacres, as quais são distribuídas em comércios e escolas para a população encher. A pedido da vereadora Daniela Parra (PSDB), a secretária da pasta, Juliana Tais Bragion Pazianotto, falou um pouco mais sobre o projeto que tem dado certo no município de origem.
“Durante a reunião pude falar também sobre os diversos trabalhos da Secretaria, como a campanha de arrecadação de equipamentos [cadeiras de rodas, andadores, muletas, entre outros, que depois são emprestados aos moradores] e a empregabilidade da pessoa com deficiência”, conta Juliana. “Mas o foco maior foi a Campanha dos Lacres, pois o município de Rafard pretende desenvolver o mesmo projeto.”
A reunião também contou com a presença do presidente da Câmara de Rafard, Wagner Bragalda (PMDB), acompanhado do advogado Angelo Piazentin, da diretora de Saúde, Ivone Infante, da supervisora de Ensino, Vânia Colombo, das diretoras de escola Edna Sanguino e Renata Assalin, da diretora do Departamento de Assistência Social, Daniela Mobioli, e do diretor de Indústria, Comércio e Habitação, Pablo Panza.
Violência
A diretora do Departamento de Assistência Social, Daniela Mobioli, e a assistente social Bruna Simionato representaram Rafard no Encontro Regional sobre Violência Contra Pessoas com Deficiência, que ocorreu na última terça-feira, 16, no Museu da Água, em Piracicaba. O encontro foi promovido pela Apae de São Paulo e falou sobre o Programa Estadual de Prevenção e Combate à Violência contra Pessoas com Deficiência, oficializado por meio do Decreto nº 59.316/2013.
Segundo Daniela, o encontro provou que a deficiência está entre os fatores que podem aumentar a exposição da pessoa a atos de violência. Dados que traduzem a relevância da causa destacam que pessoas com deficiência têm 1,5 vezes mais chances de serem vítimas de abuso sexual, por exemplo. Além disso, a probabilidade de vivenciarem maus-tratos quando criança é de quatro a dez vezes maior.
Na ocasião, também foi explicado o conceito de violência, citando não apenas as agressões físicas e sexuais, mas também abandono, negligência, ameaças e ofensas, como outras atitudes do gênero. “Nós da administração estamos sempre atentos à causa, procurando conhecer cada vez mais os deficientes e suas necessidades, a fim de propiciarmos uma sociedade igualitária”, diz Daniela.
