Atendendo ao convite do Presidente foi com grande satisfação que mais uma vez, assistimos á Sessão Solene da Câmara Municipal na noite de 22 de março de 2019, para que festivamente fosse comemorada a data magna deste município. Considerando não havermos participado dos que fariam uso da palavra é nossa intenção fazê-lo aqui, através de rápido e histórico comentário demonstrando a alegria que também habita o nosso coração.
Além do honroso Título de Cidadão que há anos nos foi outorgado, seremos sempre gratos à esta comunidade pelo carinho à nós dedicado ao aqui chegarmos com sete anos de idade, a 9 de julho de 1932, passando a amá-la desde então.
O nome Rafard foi dado em homenagem ao sr. Henrique Raffard, descendente de imigrantes franceses, nascido a 26 de dezembro de 1851 no Rio de Janeiro.
Este povoado foi fundado em 12 de maio de 1883, com o lançamento da pedra fundamental para construção de um Engenho de Açúcar.
Considerando que muitos dos atuais moradores desconhecem a sua história e consequentemente, como e quando surgiu a ideia de sua Emancipação, isto é, se libertar da administração capivariana a qual, além de Rafard se achavam subordinadas: Mombuca e Elias Fausto, é que elaboramos este pequeno relato esclarecedor.
A ideia emancipacionista foi despertada pelo Padre Manoel Simões de Lima (Pároco da Igreja Nsa. Sra. de Lourdes de 1931 a 1935), fundando oficialmente a Sociedade Amigos de Rafard a 26 de agosto de 1952.
Centenas de pessoas se uniram a esse movimento que contou com a orientação, o apoio e assistência jurídica do advogado dr. José Maria Caiafa, genro do casal José Gimenes e Tereza Aprilante Gimenes.
Sempre lideradas pelo empresário capivariano sr. Genaro Vigorito, muitas viagens foram feitas em caravanas á Assembleia Legislativa em São Paulo na tentativa da aprovação de um Plebiscito.
Seguindo para Brasília com esse objetivo, Genaro iniciou atividades junto a Deputados e Senadores, sobre o que diariamente nos enviava informações do andamento do Processo, notícias que avidamente acompanhávamos através do rádio amador Luiz Tomazini até que, finalmente, no dia 21 de março de 1965, para a alegria e felicidade da comunidade rafardense, chegava a alvissareira mensagem de que Rafard conseguira sua Emancipação Político-Administrativa. Vitória essa que; como hoje, há 54 anos vem sendo festiva e condignamente comemorada.
Por haver sido uma luta de toda a comunidade, não citaremos demais nomes além de Genaro Vigorito cognominado “General da Vitória”, e sua esposa Benedita Aprilante Vigorito que, verdadeiro baluarte ao seu lado, perseverante incentivadora e apoiadora, antes, durante e após a incansável, mas compensadora luta, muito contribuiu para a vitória final.
Nesta importante data para todos nós, devemos respeitosamente reverenciar a memória dos que bravamente lutaram, e agradecer aos que aqui permanecem e hoje merecidamente são agraciados com Títulos e medalha, por amarem este pedaço de chão e por sua evolução e progresso continuarem trabalhando.
Querida Rafard: Receba esta modesta homenagem nas palavras ditadas por nosso coração agradecido, com os sinceros votos de que, esta data seja um marco de progresso em sua vida, conduzindo-a aos mais elevados níveis de experiências mantendo Deus, Saúde, Harmonia, Amor e Paz em seu seio. Assim seja.
Cidadania
Na cerimônia acima citada, ouvimos além de todos os vereadores, o prefeito de Rafard, o prefeito e o presidente da Câmara de Capivari os homenageados e dois participantes da Mesa sem que uma vez sequer, fosse lembrado e pronunciado o nome de Genaro Vigorito, personagem máxima sem a qual, não estaria havendo a citada reunião. Houve justiça? “Os homens passam, mas as suas obras ficam”. É isso.
ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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