O Governo do Estado de São Paulo anunciou a liberação imediata de R$ 15 milhões para 10 cidades atingidas pelas enchentes. O valor deve auxiliar as prefeituras na recuperação urbana e social.
Rafard, Capivari e Monte Mor estão entre os municípios que serão contemplados. A informação foi confirmada pelo prefeito de Rafard, Fabio Santos, que na tarde de terça-feira (1) se reuniu com o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo Fabinho, Rafard receberá o valor de R$ 1 milhão para planejamento, melhorias e obras de infraestrutura no bairro da Bomba, local mais atingido pelas chuvas.
“O Governo Estadual também se comprometeu em agilizar o projeto de desassoreamento do Rio Capivari, liberou 500 cestas básicas e um caminhão pipa para o município”, conta Fabinho.
Outra importante informação diz respeito à construção de novas casas populares no município. O chefe do Executivo disse que o governo vai agilizar o processo de liberação de 101 unidades habitacionais em Rafard.
Fabinho e o vice-prefeito, Wagner Bragalda, contaram com o apoio dos vereadores da Câmara Municipal, que fizeram parte da comitiva rafardense em busca de soluções no Palácio dos Bandeirantes. Estiveram presentes, o presidente da Casa de Leis, Alexandre Ferraz Fontolan e os vereadores Ernesto Brigati, Luis Ferreira Brito (Doca) e Pedro Reinaldo da Rosa.
Balanço
Até o momento, a enchente que atinge a região já deixou 26 famílias desalojadas em Rafard. Cinco delas estão abrigadas na escola Luis Grellet e outras 2 na escola Josefina Chiarini Borghesi. As outras 19 se alojaram na casa de familiares.
A situação mais crítica se deu na tarde da última terça-feira (1), quando o nível do Rio Capivari chegou à 4,32 metros. Depois disso, o nível começou a baixar lentamente. Em última aferição divulgada pela Defesa Civil de Capivari, às 13h12, a régua marcava 3,58m.
Segundo o chefe da Defesa Civil de Rafard, Emerson Ferreira, 71 casas foram atingidas, fazendo com que 207 pessoas tivessem que deixar suas casas.
Cinco ruas no bairro da Bomba seguem interditadas: Dr. Laureano, Independência, Colonização, Felício Vigorito e João Quadros.
Ferreira alerta as famílias, que mesmo com a baixa do nível do Rio Capivari, eles devem aguardar a liberação da Defesa Civil, já que a previsão é de mais chuva para os próximos dias.
Em Capivari, 15 famílias estão abrigadas na escola municipal Aldo Silveira, sendo 51 pessoas. No Ginásio de Esportes “Ronaldo Zaidan Pellegrini” (Ronaldão), são 23 famílias, totalizando 73 pessoas. Já no abrigo do bairro Santa Rita de Cássia (Trevo), na creche Alcinda Santos Proença, uma família está sendo acolhida, sendo seis pessoas. Na escola Teresinha Franchi, estão abrigadas cinco famílias, sendo o total de 15 pessoas. E na Igreja Evangélica Moriáh, cinco famílias estão abrigadas, sendo 11 pessoas.
No momento, cerca de 700 pessoas estão desalojadas e mais de 3.000 pessoas sofrem as consequências da enchente, que já é considerada a segundo maior da história. A última nestas proporções aconteceu em 1970.
Mobilidade Urbana
Em Capivari, a avenida Dra. Marlene do Carmo Rossi (sentido Cooperativa), já está livre. Continuam interdidatos: trecho da rua André de Mello (Ponte Santoro), ponte Capivari x Salto (bairro Cancian), rua XV de Novembro (Centro), avenida Brigadeiro Faria Lima (Nova Aparecida), rua Franklina de Almeida Barros (Rossi), rua Bento Dias (Ponte do Shell), trecho da rua João Vaz (Centro), Cortume (Centro) e rua Padre Haroldo (Juventus), rua Miguel Assad (Nova Aparecida) e rua 31 de Março (Nova Aparecida).
Em caso de necessidade, as pessoas atingidas pelas enchentes devem fazer contato com a Guarda Civil, que atende pelo telefone 153, 24 horas por dia, sete dias por semana.