Região Metropolitana de Campinas tem 300 mil imigrantes e descendentes libaneses. No Brasil existem
O deputado estadual Rafa Zimbaldi (PL), eleito em 2018 sendo um dos mais jovens da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, protocolou o projeto de lei 567/2021 que institui o “Dia da Imigração Libanesa” no calendário paulista. A proposta foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 31 de agosto e determina que a data seja comemorada anualmente no dia 23 de novembro.
“A cultura libanesa é uma das mais presentes no Brasil, o que comprova o forte laço existente entre os dois países, por isso é de extrema importância também reconhecer os libaneses e seus descendentes pela importância e presença no nosso país.
Eles estão no Brasil há mais de 200 anos considerando um registro histórico de 1808, embora a data oficial da chegada dos libaneses no Brasil seja 1880”, disse o deputado Rafa Zimbaldi.
Rafa Zimbaldi é um político da cidade de Campinas, onde foi vereador por quatro mandatos e sendo presidente da Câmara Municipal por dois mandatos.
Segundo ele, citando dados do Consulado Honorário do Líbano, recém instalado na cidade, o Brasil abriga a maior Diáspora Libanesa no mundo, com cerca de 10 milhões de libaneses e descendentes, o dobro da população do próprio Líbano.
“Só na região de Campinas e Região Metropolitana a comunidade de libaneses e seus descendentes é formada por cerca de 300 mil cidadãos de origem libanesa”, afirma Rafa Zimbaldi.
O projeto de lei do deputado estadual Rafa Zimbaldi também tem como objetivo incentivar a realização de eventos e projetos ligados à divulgação e à preservação da cultura libanesa, que tem forte presença na cultura brasileira.
Os libaneses encontraram nas cidades um local para a criação de indústrias e casas de comércio, o que contribuiu para o crescimento da economia de muitas cidades brasileiras, inclusive Campinas e região.
De acordo com a Agência de Notícias Árabe-Brasil (ANBA) da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, apesar da data oficial do início da imigração ser 1880, antes disso alguns libaneses já viviam no Brasil.
Em 1808, por exemplo, quando a família real portuguesa chegou ao Brasil foi um libanês, Antun Elias Lubbos, que ofereceu sua casa para o rei D. João VI como residência imperial.
O libanês era proprietário de terras, possuía um açougue de carne de carneiro e uma casa de secos e molhados. O local se tornou Casa Imperial Brasileira, onde nasceu Dom Pedro II, e depois virou Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.