Opinião

Racismo – cancro social

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor (Foto: Raquel Bertolin/LBV)

Artigo | Por José de Paiva Netto

Em 20 de março, no hemisfério sul, onde o Brasil está localizado, tem início o outono. A estação lembra os tempos de maturidade, espírito do qual devemos nos revestir para lidar com os desafios diários. Um deles, sem dúvida uma tarefa para todos os brasileiros, sejam brancos, negros ou mestiços, é o combate ao racismo em todas as suas torpezas.

Não é de hoje que levanto minha voz contra esse cancro da sociedade, inclusive porque, como a maioria dos brasileiros, tenho sangue negro. Desde a década de 1980, a imprensa do Brasil e do exterior vem publicando vários de meus artigos, em que exalto o valor da raça negra, a exemplo de “Apartheid lá e Apartheids cá”, “Racismo é obscenidade”, “A miscigenação do mundo é inevitável”, e tantos outros.

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Ao árbitro Márcio Chagas da Silva, aos jogadores Tinga e Arouca e a quem mais tenha sido vítima de algum desses atos covardes, a nossa solidariedade permanente.

É muito sugestivo, portanto, que, em 21 de março, alvorecer do outono no país, celebremos o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. A data, instituída pela ONU em 1969, homenageia os 69 sul-africanos assassinados em 1960, durante um confronto com a polícia. Eles protestavam contra a “Lei do passe”, que impedia o direito de ir e vir da população negra. “Massacre de Sharpeville”, assim ficou conhecido esse lamentável episódio em Joanesburgo, na África do Sul, que colocou mais uma mancha de sangue na história da Humanidade.

Enquanto houver uma criatura cruelmente discriminada, o currículo humano estará maculado. Perseveremos, pois, no trabalho de congraçar, pelo Ecumenismo dos Corações, as etnias existentes no mundo.

Leitura e interpretação

Daí primarmos por levar educação de qualidade às crianças e aos jovens das escolas da LBV e de seus programas socioeducativos. Alimentados de valores espirituais, humanos, éticos e de cidadania, eles serão os multiplicadores de práticas construtoras da Paz e do progresso sustentável para as comunidades do planeta.

O “Programa Permanente de Incentivo à Leitura e Interpretação da Informação”, que aplicamos no Conjunto Educacional Boa Vontade, em São Paulo/SP, tem igualmente esse propósito. O seu “Resumo da Semana”, de circulação interna, destaca que “a leitura e a escrita são imprescindíveis para a inclusão do indivíduo na sociedade letrada, cabendo à escola o papel de sistematizar esses saberes”. A iniciativa, aliada a todas as disciplinas da matriz curricular, atende alunos desde o Berçário ao Ensino Médio.

Temos ainda a notícia de que “o resultado positivo dessas ações é comprovado no desempenho de nossos educandos em exames que exigem proficiência em leitura e interpretação de texto. Em 2013, por exemplo, os alunos Pedro Furtado, Letícia Dutra e Michael Araújo conquistaram o 1º, 2º e 3º lugares na Categoria 2ª série do Ensino Médio, do simulado promovido pelo Sistema Educacional Universitário”. E conclui a publicação: “Os alunos Giovanna de Melo e Matheus Lombardi obtiveram o 2º e 3º lugares na Categoria 3ª série. Coube ao Ensino Médio do Conjunto Educacional Boa Vontade o 1º lugar num ranking geral de 80 escolas participantes”.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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