05/09/2016
Qual é seu valor? 2
ARTIGO | No século 18, na Inglaterra, o pastor Rowland Hill, descendente de família nobre pregava à beira de uma estrada quando avistou uma carruagem luxuosa querendo passar entre seus ouvintes. O cocheiro gritava pedindo passagem. Na carruagem viajava a famosa estrela dos bailes e teatros, riquíssima, mas de moral pouco recomendada. Ela estava irritada, já atrasada, a caminho de uma festa dos nobres ingleses. O pregador Rowland Hill, conhecendo a viajante, braço estendido, e com o indicador apontou para ela e bradou, como se fora um leiloeiro:
– Quanto me dão pela alma de Lady Anne Erskine? Vamos vendê-la.
Surpresa e envergonhada, queria que a terra a engolisse. Então o pregador repetiu:
– Quem quer comprar a alma de Lady Ane Erskine? Depois de uma pausa, disse: “O mundo lhe oferece, fama, riqueza, beleza e boa vida. Mas, ‘que aproveitará Lady Anne se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? ’” O diabo fez o seu lance:
– Dou a cobiça dos olhos e da carne, a satisfação de todos os seus desejos. Quero em troca, somente sua alma.
– E o Senhor aí, sofredor, desconhecido dessa dama, quanto oferece à Lady Anne?
– Dei o meu sangue e a minha vida por ela na cruz do Calvário. Dou-lhe também a paz e alegria perene, dou também vestes finas de justiça, o ouro da fé, e vou carrega-la como se fosse meu anel para que ninguém a arrebate de Mim, e ao término de sua vida, dar-lhe-ei a vida eterna de alegria, saúde e felicidade na Minha companhia.
– Quanto o Senhor exige por todas essas dádivas preciosas? Perguntou o pregador.
-Seus pecados, sua consciência manchada e tudo o que a oprime, disse Jesus.
-Ela pertence ao Senhor, disse o pregador. E perguntou para a dama:
-Lady Erskine, você está satisfeita com isto?
-Sim. Ela respondeu tirando dos dedos os anéis de brilhante e o precioso colar; serei do Senhor porque Ele me comprou por um preço que eu não entendia.
A história real conta que Lady Anne Erskine tornou-se uma cristã verdadeira, deixando sua vida de vaidade e dedicou-se em ajudar aos pobres, infelizes e doentes; tornou-se mãe e devota de Jesus Cristo. Ela sempre agradecia a Deus por tê-la levado àquele estranho leilão, quando foi vendida a Jesus pela maior oferta.
Quantos pais chamam aos filhos de burros e outros pejorativos que aniquilam a autoestima, prejudicam a aprendizagem e desestimulam-nos na senda do sucesso. Maridos que gritam e até batem na esposa por erros somenos, diminuindo-lhe o valor. Quanto erramos ao atribuirmos valor que menospreza a alguém, pela aparência ou pelo julgamento que dele fazemos. E por isto, muito perdemos.
Em Campinas, numa concessionária, estava um senhor com vestes sujas e rotas, chapéu de palha, olhando os carros. Os vendedores passaram por ele sem dar-lhe atenção. Achavam ser ele um simples admirador de carros, mas sem posses para compra de carro. Dias depois aquele senhor parou seu carro novo em frente da loja. O gerente indagou o motivo dele não ter comprado com eles. A resposta:
-Não me atenderam, fui à outra loja e comprei um para minha esposa também.
Não devemos julgar aos outros, pois não conhecemos todos os trâmites da consecução do seu caráter, menos ainda sabemos avaliar seus conhecimentos, circunstâncias, suas lutas na construção de seu caráter.
Em 1889, em Munique – Suíça, um professor disse ao seu aluno, então com 10 anos:
“Você nunca conseguirá alguma coisa na vida” Esse menino ganhou Prêmio Nobel de Física e tornou-se no grande mstre Albert Einstein.
Ainda estão na minha memória as palavras do meu professor do quarto ano elementar à minha mãe: “Seu filho não tem capacidade, não vai conseguir fazer o curso ginasial”. Não sou nenhuma sumidade, mas tenho duas faculdades e dois mestrados. Não subestime seus filhos com pejorativos. Se você sofreu algum desses desqualificativos erga a cabeça e olhe para o seu Redentor Jesus Cristo que lhe fez de modo maravilhoso, esforce-se e mostre ao mundo do que você é capaz.