Categoria celebra os 50 anos da regulamentação da profissão, fundamental na prestação de serviços à população pobre
Nesta segunda-feira (27), psicólogos de todo o país comemoram 50 anos da regulamentação da profissão no Brasil. No Sistema Único de Assistência Social (Suas), esse profissional tem importância fundamental na execução das políticas públicas e na garantia de direitos socioassistenciais a pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Junto com os assistentes sociais, os psicólogos concretizam a garantia de direitos, seja na organização ou na execução dos serviços, quando atuam no acompanhamento de famílias na Proteção Social Básica ou no resgate de quem já sofreu violação desses direitos”, afirma José Crus, coordenador-geral de Implementação e Acompanhamento da Política de Recursos Humanos do Suas.
“Ele lida com as piores mazelas da sociedade: abandono, maus tratos, violências diversas, vulnerabilidades pessoais e sociais. Ajuda a reconstruir vínculos, a superar situações que limitam a autonomia e o desenvolvimento das famílias. Isso exige um comprometimento técnico, ético e político”, avalia José Crus.
A psicóloga Juliana Pereira, do Departamento de Proteção Social Especial do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), avalia que, hoje, o Suas representa um campo importante de atuação para esses profissionais. “Por meio do sistema, o trabalho do psicólogo tornou-se mais acessível às pessoas de baixa renda no Brasil. Muitos municípios que não tinham profissionais dessa área passaram a ter a partir da composição das equipes de atendimento dos Cras e Creas”, conta, referindo-se aos Centros de Referência de Assistência Social e aos Centros de Referência Especializados de Assistência Social.
Segundo José Crus, a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas (NOB/RH), criada em 2006, foi um importante marco para a categoria, ao determinar a presença do psicólogo como integrante das equipes de referência dos Cras, dos Creas e dos serviços de acolhimento.
Em 2011, outro marco foi a resolução 17 do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), que ratificou as equipes de referência propostas na NOB/RH e reconheceu outras categorias que podem compor as equipes. Com isso, afirma José Crus, ampliou-se o mercado de trabalho para os profissionais que desejam atuar na psicologia social.