Capivari

Professores do Instituto Federal prometem retomar aulas na próxima semana

Depois de mais de dois meses em greve, os professores do Instituto Federal São Paulo, campus de Capivari, suspenderam a paralisação nesta semana e prometem retomar as aulas na próxima segunda-feira, 31.
A instituição tem cerca de 200 estudantes e um corpo docente de 11 profissionais. Destes, cinco já haviam desistido da paralisação na última semana e voltado a dar aulas na segunda-feira, 24.
A diretoria do Instituto Federal está estudando com professores e estudantes qual a melhor forma para reposição dos dias de aula perdidos. Um cronograma com as datas deve ser definido até a próxima segunda-feira, 31.
Em todo o país, professores da Rede Federal de Ensino aderiram gradativamente à greve, a partir de agosto. Eles cobravam um reajuste salarial emergencial de 14,67%, calculado com base Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e na variação do Produto Interno Bruto (PIB), e melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações.
No entanto, os educadores terminam a paralisação sem chegar a um acordo com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Em nota enviada à imprensa, os professores classificam a postura do governo federal como “antidemocrática, inflexível e intransigente”. Para eles, a administração de Dilma Rousseff (PT) “não se preocupou com os milhares de estudantes sem aula”.
Confira na íntegra a nota dos professores do Instituto Federal São Paulo, campus de Capivari.
“Estivemos em greve desde 25/08, apoiando um movimento nacional de reinvindicações por melhores condições de trabalho e consequente melhoria da qualidade de ensino. Defendemos, além de um reajuste salarial de 14,7%, condições mínimas de infraestrutura (biblioteca, acesso à internet, xerox, laboratórios e salas de aula equipados e em condições de funcionamento).
Em Capivari, o movimento de greve foi realizado por todo o corpo docente (11 docentes) até o dia 19/10/2011, quando cinco docentes decidiram pelo retorno às atividades. O restante do corpo docente se reuniu e decidiu continuar o apoio ao movimento nacional, apesar de o governo federal, através do Ministério do Planejamento, se recusar a sentar para conversar com a nossa categoria (diferentemente com o que ocorreu com os funcionários dos Correios e com os bancários), mostrando que este governo não dá a mínima importância à educação.
No dia 22/10/2011, o Sinasefe Nacional [Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica], decidiu pela suspensão da greve após 85 dias de paralisação. Apesar da postura antidemocrática, inflexível e intransigente do governo Dilma, que não se preocupou com os milhares de estudantes sem aula, a 106ª Plena avaliou e deliberou, por maioria de votos, a suspensão da greve a fim de retomar as atividades escolares e iniciar negociação com MEC [Ministério da Educação] e MPOG [Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão].
Esperamos, então, a assembleia do Sinasefe/SP do dia 25/10/11 que deliberou também pela suspensão da greve. Diante destes acontecimentos, nos reunimos no dia 26/10/11 e deliberamos por acompanhar a decisão nacional/estadual, retornando às atividades normais a partir da próxima segunda-feira (31/10/2011).”

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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