Neste 15 de novembro, celebramos o Dia da Proclamação da República, data que marca a transição do Brasil do regime monárquico para o republicano. Em 1889, sob a liderança do marechal Deodoro da Fonseca, o Brasil encerrou o período imperial e instaurou um novo modelo de governo. Mas além de uma mudança no sistema de poder, o termo “república”, derivado do latim res publica (“coisa pública”), representa a ideia de um Estado a serviço de todos, guiado pelo bem comum e pelos interesses da coletividade.
Esse conceito fundamental nos lembra que, em uma república, o poder deve emanar do povo. Em seu início, contudo, nossa república ainda era limitada: o direito ao voto era restrito, e muitos brasileiros não participavam das decisões políticas. Com o passar dos anos, a democracia foi se fortalecendo, especialmente com a Constituição de 1988, que garantiu o voto universal para os maiores de 16 anos.
A história da República no Brasil é repleta de altos e baixos, marcada por períodos autoritários, como o Estado Novo e a Ditadura Militar, nos quais princípios democráticos foram postos de lado. Contudo, apesar dos desafios, o modelo republicano sobreviveu e se renovou, com a sociedade civil reivindicando cada vez mais participação e transparência.
Hoje, ao comemorarmos esta data, somos convidados a refletir sobre o que significa viver em uma república. Cabe a cada cidadão exercer sua responsabilidade, seja no ato de votar, seja na fiscalização dos governantes, para que a “coisa pública” realmente beneficie a todos. A república, afinal, não é apenas uma forma de governo; é um regime de valores como moralidade, responsabilidade e transparência, necessários para fortalecer nossas instituições e nossa confiança na democracia.
Este feriado é uma oportunidade de reavaliar nossa atuação como sociedade e indivíduos: estamos agindo para construir um país mais justo e democrático, ou estamos deixando essa responsabilidade apenas para os governantes? Em uma república, somos co-responsáveis pelo futuro da nação e, por isso, precisamos lembrar que o bem comum deve estar no centro das ações públicas e privadas.
Assim, no Dia da Proclamação da República, mais do que celebrar, precisamos refletir e reafirmar nosso compromisso com os ideais de justiça e igualdade. Que possamos honrar o verdadeiro significado de uma república e de um Estado democrático, lembrando que ele só se mantém pela participação ativa e consciente de seus cidadãos. Que o legado de 1889 nos inspire a construir um Brasil onde a república seja, de fato, para todos, guiando-nos em direção a uma sociedade mais justa e solidária.
