13/02/2015
Problemas das águas II
ARTIGO – Há algum tempo, os jornais deram manchetes sobres a futura (e bem próxima) escassez das águas em nosso planeta. Chegaram a sentenciar sobre o futuro sombrio: dois terços do mundo ficará sem água até 2030.
Para se ter uma ideia geral, países como Arábia Saudita, Líbia, Baharain, Jordânia, Catar e Emirados Árabes Unidos, sofrem com a falta da água, muito embora jorrem petróleo às cântaras.
Dados estarrecedores, demonstram que a água provocará guerras e haverá disputas acirradas entre as nações desérticas, se atentarmos para as estatísticas que nos dizem ser 500 milhões de pessoas que enfrentam, hoje, o problema desta falta.
Diante de todo este dilema que muito bem sabemos existir e pelo que os especialistas dizem sistematicamente, nós, brasileiros, não podemos ficar à mercê do tempo, pelo simples fato de possuirmos um rio, como o Amazonas, capaz de abastecer o mundo todo desta futura e profética calamidade. Seríamos, na verdade, um mero espectador das desgraças alheias, o que não condiz com a nossa formação.
Com tudo isso, cremos ser necessário uma tomada de posição e passarmos a cuidar do nosso potencial natural com mais carinho, dentro de uma nova sistemática que nos ensina uma teoria tão simples e corriqueira: se temos 100 para gastar, gastemos 99, nunca 101. Empreguemo-la na questão das águas.
Observamos, contudo, que desavisados brasileiros não se dão conta do problema. É costumeiro observarmos o que se utilizam de água para banalidades e, o que é pior, sem o seu real reaproveitamento. O desperdício toma conta até das pequenas cidades, já que as grandes sofrem de toda forma com os abastecimentos e o controle rigoroso do órgãos ligados aos recursos hídricos.
Alguns jornais e várias revistas estão em campanha direta para orientar os usuários mas, com certeza, isto atinge uma faixa reduzida da população: apenas àquelas que tem acesso a estes meios de comunicação. Então, seria necessário que as companhias de abastecimento, distribuíssem folhetos explicativos sobre o real problema que, dentro de pouco tempo, estaremos vivenciando, caso medidas urgentes não sejam tomadas, principalmente por parte daqueles usuários.
Temos observado que a ANA – Agência Nacional de Águas, órgão governamental de implementação da política nacional de recursos hídricos, vem demonstrando o quanto precisamos reparar e recuperar o tempo perdido. Isto, pelo que podemos observar com os nossos rios sofredores, objeto sempre das descargas industriais e de todo tipo de contaminação que se possa conhecer.
A ANA, criada em 2000, já vem atuando de forma eficaz, metódica e rápida, para prestar os seus serviços à causa maior: a defesa das nossas águas e o processo de sua distribuição regrada e para todos. Este processo está se realizando em conjunto com os mais variados segmentos da sociedade.
Mas não só aos órgãos públicos, como a ANA, está o modelo da economia das águas. Ela é tarefa de todos nós usuários, procurando não gastar mais do que o necessário. É assim que vale a teoria aqui relatada. Cada gota economizada, será um trunfo maior, quando chegarmos no futuro com uma profética escassez, como esta que os técnicos e especialistas vem apregoando.
Lembramos, aqui, que a “água é o ouro do século XXI”, segundo o eminente Dr. Bernardo Cabral.