10/01/2017
Prática de poker cresce no interior e esporte da mente fica cada vez mais popular
Em agosto do ano passado, mencionamos aqui em O Semanário sobre como o Aikido, uma das mais notórias artes marciais, vem se popularizando na região. Mas não é só ele: outras atividades que fazem um bem danado para a mente. Uma delas é o poker, que desde o final da década passada é reconhecido internacionalmente como esporte mental. “A participação do pôquer ao lado do xadrez, do bridge e de outros esportes mentais nos eventos anuais da IMSA vão mostrar ao mundo que o pôquer é um esporte mental, de estratégia e habilidade” falou o presidente da Federação Internacional de Esportes Mentais, José Damiani.
Nesse sentido, os esportes mentais podem ser bastante úteis para aqueles que querem ficar com a mente afiada. O próprio nome já fala: ao invés dos outros esportes, onde o atleticismo é necessário para um bom desempenho, o “músculo” do poker, xadrez e outros é o raciocínio e sua velocidade. Quanto mais você pratica, melhor ficará nesse sentido.
Muitos podem pensar que basta sorte para se dar bem no poker. Mas não é o caso. A sorte pode até ajudar um jogador iniciante, mas quando falamos de torneios longos, a habilidade dos profissionais – no manejo de banca, apuração de probabilidades e conexos – faz com que a balança acabe pendendo para a habilidade e não para a sorte. Numa disputa de pênaltis, por exemplo, a chance de um goleiro que estudou como os batedores adversários chutam os penais ser bem-sucedido é maior do que a de um goleiro que pula aleatoriamente no meio da cobrança. O mesmo vale no poker ou mesmo em outros esportes mentais, como o Xadrez. Um iniciante pode até comer sua rainha, mas se você for um grande jogador, poderá compensar com as outras peças no longo prazo.
O aspecto mental do poker acaba atraindo a atenção de muitos jovens, dado a idade da maioria dos vencedores de etapas do Campeonato Brasileiro de Poker – a BSOP. Boa parte deles tem até 35 anos, o que demonstra que o esporte tem um caráter jovem e ainda muito espaço para crescer. A BSOP, aliás, vem em franco crescimento: já tem mais de 10 anos e as maiores etapas costumam atrair 1000 inscritos para cima.
Onde jogar na região?
Bom exemplo é o King Poker, foto acima, aberto em 2014. O clube fica em Campinas na Rua Dr. Osvaldo Cruz, 663, bairro Taquarai. Além do King, cujo sócio é o ex-jogador de futebol Rafael Silva – que teve passagens por Guarani, Santos, Portuguesa e Gama – existem outras boas opções perto de Capivari. O King possui “filial” em Piracicaba, na Av Kenedy, 1435.
Infelizmente ainda não há clubes de poker em Capivari. Assim, restam duas alternativas. A primeira é procurar clubes em cidades da região, como o King. E em cidades onde não há um clube de poker, há como praticar pelo computador e existem diversos sites de poker online para tanto.
Seja na versão “ao vivo” ou pela internet, a prática de poker vem se difundindo no interior de São Paulo como meio de manter a mente sempre afiada e com desafios competitivos. Não é por acaso que Ronaldo, atacante da seleção brasileira campeã do mundo, optou por começar a praticar o esporte para se manter competitivo depois de se aposentar dos gramados. Vale a pena tentar.