Planejamento é algo que passou longe do São Paulo em 2011. Émerson Leão é o terceiro técnico da equipe. Sem contar o auxiliar Milton Cruz, que dirigiu o time interinamente após as saídas de Paulo César Carpegiani e de Adílson Batista.
Não prevejo vida longa para Leão no Tricolor. E pelo jeito nem a diretoria, já que o contrato firmado vai apenas até o final de ano. Mas ele pode dar uma injeção de ânimo neste time são-paulino. Há muita gente acomodada no elenco.
O novo treinador vem com a missão de dar esse choque e tentar a vaga na Copa Libertadores da América do ano que vem. Sacudir a poeira quando chega é, inclusive, a sua principal característica. O problema é exatamente quando se pensa a médio e longo prazo.
O último bom trabalho de Leão foi no próprio São Paulo, na última conquista estadual da equipe, em 2005. Porém, a forma como ele saiu não agradou ninguém. Apesar de o time ter sido campeão da Libertadores e do Mundial na sequência com Paulo Autuori, não foi legal Leão ter pedido a conta para ajudar um amigo no Japão.
O clube do Morumbi pode até conquistar a vaga na Libertadores graças a fúria de Leão. Mas se a mentalidade dos dirigentes não voltar a ser de vencedor dificilmente a sequência será a mesma do meio da década passada quando o treinador saiu.
Fielzão
Andrés Sanchez é o nome do meio esportivo de 2011. Não vou aqui discutir os meios. Até porque eles são pra lá de discutíveis. Mas fazer o que hoje é um terreno baldio ser anunciado para abrir uma Copa do Mundo em menos de três anos é para poucos. Ninguém conseguiu construir um estádio para o Corinthians. E o clube já é centenário! O que era para ser uma birra com a diretoria do São Paulo, por limitar o acesso dos corintianos a um clássico, se transformou na maior obra da história do Coringão. Há quem critique, e eu sou um deles, por achar totalmente descabido as esferas públicas ajudarem, mesmo que indiretamente, na construção de uma obra como essa. Mas Andrés estará marcado eternamente nos corações da Fiel Torcida.