As evidências de que a cidade de Piracicaba tornou-se referência regional, não são de hoje. Seus equipamentos públicos, indústria e comércio pujantes, setor de serviços de alta qualidade, ensino qualificado, segurança muito bem montada e estruturada nos planos municipal e estadual, e sua cultura, que atrai e encanta a todos, são alguns dos ingredientes que, somados ao interesse do Governo do Estado em promover uma gestão mais adequada dos seus recursos, promoveu nossa cidade de líder de um Aglomerado Urbano para Região Metropolitana, em projeto a ser referendado brevemente pela assembleia Legislativa.
Comporão este novo cenário 25 cidades, onde residem 1,5 milhão de pessoas, com um PIB superior a R$ 78,6 bilhões. Com a prevista integração dos serviços prestados pelo Estado de São Paulo, nos campos da saúde, educação, infraestrutura, agronegócios, segurança, cultura, entre outros que fazem parte dos deveres do Estado com a sociedade paulista e regional.
Temos hoje, no conjunto destas responsabilidades regionais, um hospital que entre outras ações, tem sido decisivo para acolher pacientes com Covid destas cidades vizinhas. O reforço das estruturas de segurança pública também deu mais tranquilidade e celeridade nas decisões e ações de combate à criminalidade e à violência.
As duplicações das nossas rodovias, trouxeram melhor apoio para o transporte pessoal, público e privado, conduzindo as pessoas, alimentos, máquinas e outros bens produzidos pelas cidades que compõem a região agora batizada de Metropolitana.
Quem passear nos finais de semana normais pela nossa Rua do Porto e tiver a curiosidade de olhar as placas dos veículos nela estacionados, verá de que forma os visitantes chegam até aqui para apreciar as belezas do rio que empresta o nome à cidade ou deliciarem-se com a nossa culinária típica.
Com o novo conceito, posso afirmar também que algumas das nossas rotinas serão alteradas e que os recursos financeiros do Governo do Estado, poderão ser repassados a todas as cidades da nova Metrópole, de forma mais criteriosa e igualitária. Aguardam-nos maior sintonia nos serviços telefônicos e sinais de internet; maior integração nos setores de cultura, esportes e lazer; aperfeiçoamento dos sistemas de captação e distribuição de águas e tratamento de esgotos; quem sabe novas universidades públicas ou até mesmo um aeroporto regional de porte.
E, por fim, do ponto de vista eleitoral, o conceito de região metropolitana pode tornar a região ainda mais representativa eleitoralmente nas esferas estadual e nacional, transformando suas lideranças mais fortes, conhecidas, representativas e constituídas em agentes das reivindicações mais importantes para todos os municípios por ela abrigados. Talvez um saudável exercício do sonhado voto distrital.
Foram 12 longos anos de conversas, convencimentos, articulações para, enfim, sensibilizar o Governo do Estado a reconhecer a importância histórica e estratégica do nosso Município diante dos desafios de gestão pública, de sua capacidade de inovação e, em especial, do reconhecimento da capacidade de trabalho das iniciativas pública e privada regionais, no comando de um projeto de transformação dos nossos olhares sobre gestão pública. Que os novos dias que vierem, consolidem esse projeto, ao qual dediquei boa parte dos meus dias de trabalho nos últimos anos.