Um estudo divulgado na quinta-feira, 3, pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) revela o movimento migratório nas cidades paulistas, entre elas Capivari, Rafard e Mombuca, na primeira década do século XXI.
A pesquisa combina os resultados da população total do Censo Demográfico de 2010 com os dados sobre nascimentos e óbitos do Sistema de Estatísticas Vitais (SEV), produzido pela Fundação Seade a partir de informações dos Cartórios do Registro Civil.
Capivari cresce
Na última década do século XX (de 1991 a 2000), o município recebia, em média, 247 migrantes por ano (taxa anual de migração de 6,55 migrantes para cada grupo de mil habitantes). Já entre 2001 e 2010, a média aumentou: 277 migrantes anuais. Em contrapartida, o índice migratório anual caiu para 6,16 migrantes por mil habitantes. Isso acontece justamente porque o município registrou um crescimento populacional de 41 mil, em 2000, para 48 mil, em 2010.
Rafard retrocede
Diferente de Capivari, o fluxo migratório em Rafard apresenta saldo negativo. De acordo com o estudo da Fundação Seade, o número de pessoas que deixam o município é superior ao de cidadãos que chegam para viver em Rafard.
Entre 1991 e 2000, em média, 119 moradores se mudaram da cidade para outros municípios a cada ano (saldo migratório anual negativo de -14,07 migrantes para cada grupo de mil habitantes). Nos primeiros dez anos do século XXI, a média passou para -43 (índice migratório anual negativo de -5,09 migrantes por mil habitantes). Ou seja: anualmente, 43 pessoas deixaram Rafard no período de 2001 e 2010.
Mombuca declina
Com a chegada do século XXI, a capacidade de atração de migrantes ao município perdeu força, segundo a pesquisa. De 1991 a 2000, 22 novos moradores chegaram a Mombuca a cada ano (taxa anual de migração de 7,72 pessoas por mil habitantes). Entre 2001 e 2010, ao invés de receber novos moradores, a cidade perdeu: a taxa caiu para -16 pessoas por ano (fluxo migratório anual negativo de -4,93).
Estado
A média geral do Estado de São Paulo mostra que o saldo migratório caiu de 147,7 mil pessoas por ano (entre 1991 e 2000) para 47,3 mil (entre 2001 e 2010). Isso indica que o crescimento populacional nos municípios paulistas tem tido uma contribuição cada vez menor de migrantes, dependendo basicamente da evolução da própria população local.