Aproveitando a repercussão nas redes sociais, dos quatro amigos que saíram para jantar no domingo (7/7) e confundiram o preço do vinho Pêra-Manca em um restaurante de Salvador.
Os amigos acharam que o vinho custava R$165, então pediram duas garrafas. Porém, na hora de pagar a conta, descobriram que cada garrafa do vinho custava, na realidade R$1.650.
Depois da confusão, o estabelecimento ainda afirma que se solidarizou com a inexperiência dos jovens e ofereceram a eles um jantar como cortesia.
Mas vamos falar um pouco desse vinho português.
O vinho Pêra-Manca tem sua data de origem desconhecida, já que pode ser rastreada desde os anos 1300, nos arredores de Évora, Alentejo – Portugal (cidade considerada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco). O local era marcado pela peregrinação religiosa e, mais tarde, tornou-se sede de uma igreja e um convento da
Ordem de São Jerônimo. A história nos conta que nesse local viviam frades que cuidavam de um vinhedo durante os séculos XV e XVI, onde eram produzidos os vinhos Pêra-Manca.
Acredita-se, ainda, que esse foi o vinho escolhido por Pedro Álvares Cabral apara acompanha-lo durantes as grandes navegações. Tendo sido, inclusive, utilizado para brindar ao encontro que teve com a população indígena do Brasil, em 1500.
O nome Pêra-Manca tem sua origem inspirada nos terrenos onde estavam localizados os vinhedos responsáveis pela produção da bebida, o local era composto por um barranco com pedras soltas. Na época, dizia-se que as pedras balançavam e mancavam, por isso eram pedras mancas.
A inspiração para criação do rótulo foi um desenho utilizado em uma antiga campanha publicitária. A cena mostra um cavaleiro medieval, na rua de uma vila, cortejando uma mulher, que lhe entrega uma taça de vinho.
Até a safra 2001 a imagem do rótulo era colorida. A partir daquele ano, a Fundação Eugênio Almeida (Adega Cartuxa) – dona da marca desde 1987 – optou por um design que sinalizasse a evolução e a contemporaneidade do lendário vinho português.
Assim nasceu o rótulo que conhecemos hoje, em preto e branco, e com tipografia clássica, no qual se destaca em vermelho apenas o nome Pêra-Manca.