Opinião

Passeando no tempo…

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Embora parecendo, não somos desocupados. Ao contrário, temos muitas ocupações tanto no plano material quanto no mental e neste, a maioria dedicada a seguir os sábios ensinamentos do Cristo, perdoando não sete, mas setenta vezes aos que nos ofendem e por esses carentes de Luz orando.

Era nossa intenção mais uma vez, passeando no tempo, recordarmos da então Villa Raffard quando nela chegamos aos sete anos de idade, exatamente em Julho de 1932 (em plena Revolução Constitucionalista), mas, mudamos o rumo.

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Atendendo ao agradável convite dos nossos amigos Heitor Turolla e Chico Rebete, com eles nos dirigimos na manhã da terça-feira passada, dia 04/02/2014, a Fazenda Itapeva, para comprovar a notícia da reforma em sua histórica Capela, o que, para nossa alegria, de fato está ocorrendo por eficientes operários da Firma Rossi de Capivari.

Naquela oportunidade, retornando a um passado muito mais distante, foram comentados pelo pesquisador, historiador e nosso ex-prefeito Turolla, baseado em documentados fatos registrados pelo grande e conhecidíssimo Professor Vinício Stein de Campos no Instituto Histórico e Geográfico do Estado de São Paulo em obra de sua autoria “Fundações Municipais Paulistas nos Séculos XVIII E XIX”, bem como da Diretora Regional de Cultura de Campinas, a historiadora Vera Lúcia Pessagno Bréscia que também em declarações sobre Municípios da região, incluiu a de Capivari.

Para não nos aprofundarmos demais nesse setor da nossa História Pátria, prometendo a ele retornarmos oportunamente com mais detalhes, transcreveremos hoje, rápidos trechos selecionados pelo Heitor, do livro acima citado.

“O Sertão, a Capela, a Freguesia, a Vila, a Cidade e a Comarca de São João Baptista de Capivary.”

Em 1628, pelos índios Guaianazes foi dado à povoação, o nome de “Capibary, rio das capibaras”, localizada a sua margem direita. Na época em que eram as autoridades coloniais representadas pelo Capitão General de São Paulo, D. Rodrigo César de Menezes, foi determinada a abertura de uma estrada, chamada “picadão”, ligando a cidade de Itu a Piracicaba, passado por Itapeva, único lugar com ponte ligando as duas margens do rio Capivari. Isso no ano de 1723 e a estrada era conhecida pelos antigos moradores como caminho do ouro por dar acesso a Cuiabá aos exploradores vindos de Goiás e Minas Gerais em busca do valioso metal.

Em 1797 o sertão de Capivari foi considerado o melhor terreno para o plantio da cana-de-açúcar, e em 1836 as suas quatro usinas produziram pelo trabalho de 228 escravos, 7.700 arrobas de açúcar.

Há muito ainda a ser relatado sobre a Fazenda Itapeva e Itapevinha, onde desde 1913 com duzentas (200) casas habitadas, havia também Escola Rural, (onde nasceu a música “`Piracicaba”, de autoria do Professor piracicabano Newton de Mello), Cemitério e a histórica Capela onde eram realizadas até cerimônias de casamentos.

Este querido pedaço de chão brasileiro onde, contando com todos os que de verdade o amam possui grandes chances de oferecer atrações turísticas divulgando e fazendo jus ao nome de “Cidade Coração”.

Voltaremos ao assunto.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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