Editorial

Parabéns recanto abençoado – Editorial

Lá se vão 181 anos da querida “Terra dos Poetas”.
Parabéns Capivari, aqui estamos, seus habitantes, vizinhos, parceiros e amantes, espalhados por entre os canaviais, indústrias e rodovias. Ao teu lado, cheios de inspiração e vontade!
Uma cidade que vai se renovando, encontrando novos meios, novas maneiras de estar presente no coração do seu povo.
E na ressaca das comemorações de São João – padroeiro de Capivari – festejamos mais um aniversário neste 10 de julho, relembrando ou contando a quem não conhece, um pedacinho da grande história deste município.
Em 1628 Capivari figurava, pela primeira vez, nos documentos cartográficos de São Paulo, encontrado em um velho roteiro existente no “Archivo General de Las Índias”, de Sevilha, Espanha e da lavra do então Capitão-General do Paraguai, Dom Luiz de Céspedes y Xéria.
Em 1718, ricas jazidas de ouro foram descobertas nas cercanias de Cuiabá, para onde afluiu grande número de aventureiros. As viagens eram feitas por via fluvial, pois a mata virgem era muito cerrada. A fome e as lutas com os gentios dizimavam as caravanas, espalhando-as e formando acampamentos às margens dos rios. Uma das monções que saiu de Porto Feliz, por ordem do Marquês de Pombal ao Capitão General Morgado de Mateus, fora dizimada em grande parte pelos índios, e na volta, explorava um dos afluentes subindo até um formoso salto. Conhecedores desse fato e do quanto era penosa e difícil a viagem a essa paragem, os governadores das capitanias serviam-se desse local para o degredo das pessoas que caíam no seu desagrado.
Querendo voltar aos seus lares, os degredados abriam picadas pela floresta procurando encurtar o caminho, outros receosos de novas perseguições, estacionavam em pontos onde a topografia, água e clima eram favoráveis, e aí passavam a residir. Porém, deve-se ressaltar que Capivari não foi fundada por criminosos, mas, por perseguidos políticos que queriam ver a Pátria livre do jugo português. Em fins do século XVIII, um grupo de ituanos degredados em fuga, resolveu estacionar alguns dias e por notar grande quantidade de peixes e caças, principalmente capivaras, passaram a residir, pois o local era muito agradável. Corria o ano de 1800, e na colina às margens do Rio das Capivaras, florescia uma pequena povoação, que mais tarde seria chamada de Capivari. Em 1813, com a iniciativa do Cônego João Ferreira de Oliveira Bueno, Tesoureiro-Mór da Sé de São Paulo, foi proposto ao Príncipe D. João, o estabelecimento de um novo povoado, uma freguesia, nos sertões de Itu, junto ao Rio de Capivari, distante das Igrejas de Itu, Porto Feliz e Piracicaba, sob a invocação de São João Baptista de Capivary. Em 5 de junho de 1820, o pequeno povoado possuía grande número de casas e uma capelinha, onde foi celebrada a missa com o primeiro sacerdote, o padre João Jacinto dos Serafins.
Sendo escolhido São João Baptista padroeiro da povoação, o imperador D. Pedro I, por Alvará de 11 de julho de 1826, elevou a Capela para Freguesia, sendo vigário nesse tempo, o Padre Inácio Francisco de Moraes. Pelo Alvará de 10 de julho de 1832, foi oficialmente denominada a povoação de Vila de São João Baptista de Capivary de Baixo (dizia-se de Baixo para distinguir do Capivary de Cima, povoado vizinho, hoje Monte Mor), sendo elevada a categoria de Vila.
A partir desta data, iniciou-se o desenvolvimento econômico da Vila Capivary predominando a agricultura, com o cultivo da cana-de-açúcar, cereais, algodão, chá e café, produtos propiciadores da formação de fazendas. Evoluindo aos poucos o comércio e mais tarde as indústrias.
Pelo Decreto Provincial n.º 27, de 22 de abril de 1874, foi criada a Comarca, compondo-se de três municípios : Capivari, Monte Mor e Pirapora do Curuça (hoje Tietê).
Parabéns recanto abençoado, santa terra!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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