Inspirados nos grandes festivais da Record, nos anos 70, tivemos em nossa cidade, os Festivais de Música, movimento encabeçado por diversos jovens da época, dentre eles, Chico Rebete e Zé Maria de Campos, que elevou, e levou o nome de nossa cidade, para lugares onde nunca tinham ouvido falar de Rafard.
A cenografia ficava a cargo do competente Eduardo Honora, e as apresentações eram feitas por casais de apresentadores, entre as jovens que apresentavam os festivais, estavam Magali Forti e Iolanda Amaral, todos voluntários que nada recebiam pelo trabalho, a não ser o reconhecimento da população rafardense.
Os festivais tiveram como local de apresentação o Cine Paratodos, depois o salão da ASAS, e também no barracão de Benedito Tavares de Campos, e aconteciam aos sábados e domingos, com eliminatórias.
As músicas para seleção eram enviadas em fitas cassetes, e houve uma vez que chegou a 3 mil. Tivemos participantes como Beto Surian, Roberto Rosendo, Celsinho Duarte, entre muitos que passaram por aqui.
Genaro Vigoritto, prefeito na época, patrocinou o Primeiro Festival, e nesse evento, tivemos a presença de Jair Rodrigues, que na época fazia sucesso com a música “Disparada”, que esteve no Cine Paratodos, para fazer a entrega do troféu ao vencedor.
Um participante de peso era o Roberto Rosendo, por quem os torcedores da cidade Coração tinham grande simpatia, mas a grande rivalidade ficava por conta de Rafard e Capivari, que desde a Emancipação não se davam bem.
Enquanto os capivarianos torciam para os participantes de Capivari, entre eles: Miguelito, Antonia e Celso, que eram fortes candidatos, os rafardenses torciam para Carlos Biasi e seu grupo.
Por fim, venceu Celso Duarte de Capivari, e ficou em segundo lugar Roberto Rosendo de Tatuí, atestando com isso a “idoneidade” do júri, que julgou, deixando de lado antigas rivalidades…
COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
Envie sua colaboração para o colunista: [email protected]